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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Desabafo, é nois

Superestrutura e dominação pra mim é ter que fazer esses textos. A educação cobra muito, nem tá errado isso, mas que é um saco, isso é. Eu não aguento mais.

Eu fico pensando em como nós gostamos de repetir umas coisas, tipo aquela frase do filme Sociedade dos poetas mortos, que fala que "A medicina, a engenharia e o direito são tarefas nobres. Mas nós vivemos para a filosofia e para a poesia". É lindo mesmo e eu sempre acreditei nisso. Mas pensa aqui com a tia: eu realmente vivo pra filosofia?Tipo, penso filosofia. Mas eu vivo para a filosofia? Qual foi a ultima vez em que eu realmente li poesia? Eu amo poesia e tals e elas trazem sentido pra realidade, mas pelo visto sou capaz de viver bem mediocremente.

O que isso tem a ver com superestrutura? Tem a ver que a superestrutura nem sempre pega. Nem sempre cola, nem sempre funciona. Como eu com Sociedade dos Poetas Mortos. Sou completamente comovida por aquela narrativa, que se repete em La La Land e até Orgulho e preconceito e eu amo cada uma dessas histórias de paixão, mas minha alma, minha vida, meu coração nem sempre segue o que eu penso nem gasta tempo com isso.

Timothy Keller, teólogo bom mas bom mesmo, diz que temos todos muitos ídolos no coração. Somos guiados por esses deuses invisíveis que nos mandam daqui pra lá e que amamos, amamos mesmo. Somos guiados por afetos.
A superestrutura pra governar tem que ganhar meu coração, mais que minha cabeça. Por isso esse enxame de narrativas comoventes. E funciona. A gente morre por causa impossíveis e utópicas mesmo basicamente por que elas viram nossos deuses.

Kedma Julia 99174

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