É evidente que a transmissão de conhecimento é poder e, por isso, é muito importante analisar o dialeto Pajubá:
É uma série de palavras que tem sua origem no nagô e no iorubá [grupos étnico-linguísticos africanos], e considera apropriações linguísticas feitas por homossexuais e travestis. Tanto o nagô quanto o iorubá, falados em países da África Ocidental, chegaram ao Brasil com escravos africanos. Essa linguagem funciona como um instrumento linguístico-cultural que desafia normas de gênero e sexualidade, sendo uma tentativa de criar uma identidade comunitária entre os LGBTQIA+.
Nesse sentido, é possível afirmar que a linguagem Pajubá guarda grandes conhecimentos sobre a população que a utiliza, além de ser ricamente construída a partir de diversas culturas. Assim, a linguagem, por si só, pode ser utilizada para a transmissão cultural, mas quando ela exerce duplo papel quando é composta por diversos signos carregados culturalmente.
O pajubá é a própria idealização da transmissão cultural dos LGBTQIA+.
Vinícius M. Sampaio, 93318
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