Somos possuídos pelo discurso do outro, pelo que os outros pensam sobre nós. O discurso nada mais é que a reprodução de outros discursos escutados ao longo da vida, ou seja, é a junção de diversos discursos.
Quando falamos, temos a impressão de estar construindo um discurso. Entretanto, estamos apenas conectando blocos de discursos já prontos, que já foram escutados - a chamada Polifonia Discursiva.
Assim, tudo que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si, tudo que é ideológico é um signo. Por exemplo, o pão e o vinho são apenas alimentos, mas tomam significado simbólico religioso (ideologia) no sacramento da comunhão.
Dessa maneira, todo discurso pressupõe um outro que interage, mesmo em um monólogo. Toda comunicação é social e não individual, uma vez que ela pressupõe o outro. Não escrevemos para nós, mas para os outros.
Não existe comunicação passiva! Mesmo que só ouvindo, estamos a todo tempo (re)construindo o discurso escutado a todo tempo e por isso atuamos ativamente.
Vinícius M. Sampaio, 93318
Nenhum comentário:
Postar um comentário