O
costume de bater na madeira é de origem pagã (se trata de uma teoria com bastante
aceitação), a maioria das culturas — distribuídas da Irlanda à Índia —
provavelmente faziam uso desse gesto. Acredita-se que esses povos pensavam que
as árvores eram habitadas por espíritos da natureza, e estes muitas vezes eram
incorporados às cerimônias e aos rituais praticados por eles.
Uma
das crenças é de que os pagãos acreditavam que ao tocar os troncos das árvores
era possível invocar os espíritos benevolentes que habitavam nelas. Além disso,
essa era a forma como os irlandeses agradeciam aos leprechauns — pequenos seres
considerados como guardiões de tesouros — pelos momentos de boa sorte. Com o
passar do tempo, é possível que tocar — ou dar pancadinhas — na madeira tenha
se tornado uma forma de demonstrar gratidão por eventos fortuitos e reconhecer
a intervenção dos espíritos da natureza por suas bênçãos.
O
cristianismo entra teoricamente porque cristãos seriam os responsáveis por
disseminar o costume de bater na madeira, já que, no início do cristianismo,
muitos dos costumes pagãos acabaram sendo incorporados à nova religião. A explicação
nesse caso, em vez de relacionada com as moradas dos espíritos da natureza,
estava associada ao material com o qual a cruz de Jesus foi feita. Assim, tocar
na madeira era uma maneira de também invocar a proteção de Cristo.
João Vitor 99183
Nenhum comentário:
Postar um comentário