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sábado, 30 de novembro de 2019

A Música como arte


A arte nos circunda em tudo. Na sociedade atual, se prestarmos o mínimo de atenção, o singelo ou incrédulo pode se transformar em arte. No entanto, tempos atrás o primeiro conceito de elaboração de arte era “uma mimese da natureza”, isto é, uma imitação e reprodução sobre o mundo da natureza. Existem duas grandes correntes que discorrem sobre o conceito de arte: a de Aristóteles e de Platão. A primeira diz que a arte é superior à natureza, enquanto que a segunda afirma que a arte é inferior ao mundo.
            Apoiando-se nessas duas visões, podemos compreender que a arte é uma réplica mal feita do mundo, seria a manipulação da realidade (corrente platônica). Isso me recorda de uma música do Lulu Santos chamada Tempos Modernos. Há um trecho muito interessante nela que merece destaque:
Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir
            A música é uma arte, pois há nela uma reconfiguração de uma visão de mundo do cantor que a traduz em melodias e acordes. Sendo assim, destaco algumas frases importantes:
“Hoje o tempo voa, amor”
“Escorre pelas mãos”
Nessa parte, é perceptível notar um sentido totalmente diferente do usual que estamos acostumados. Sobre o tempo voar, é uma metáfora, pois o tempo não voa e muito menos escorre pelas nossas mãos. Contudo, essa reprodução artística permite a aplicação de um significado muito maior e profundo que causa uma catarse, um êxtase em quem ouve a música. Dessa forma, ao mesmo tempo que a própria metáfora renuncia a realidade vivenciada por nós dando novos sentidos (corrente aristotélica), ela também é uma reprodução do nosso real e não necessariamente tal como é.

Seja da corrente aristotélica, onde a arte é superior a natureza ou da corrente platônica que discorre que a arte é inferior ao mundo, uma coisa é fato: a arte está por aí.

Alice Ruschel Mochko
99178

Eduardo e Mônica


Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol de botão com seu avô

A arte também pode ser vista como um mecanismo de distinção social, como podemos observar nesse trecho da música Eduardo e Mônica de Renato Russo. Pode-se analisar a diferença da dita “cultura erudita” entre os dois, onde a Mônica aparenta ter um repertório cultural mais enriquecido ao de Eduardo. Porém isso não retira o fato de que Eduardo também se envolve com arte, porém de maneiras diferente, no trecho seguinte diz:

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema "escola, cinema
Clube, televisão"

O Eduardo, no caso, estaria em contato com formas de arte distintas da de Mônica. Isso mostra a arte como distinção social e cultural. Há formas diferentes de artes produzida por cada cultura e parâmetro social.

Laísa Rodrigues de Menezes, 99197

cri.a.ti.vi.da.de


A palavra dicionário, por definição, significa “compilação que contém as palavras de uma língua, apresentando seu significado, utilização, etimologia, sinônimos, antônimos ou com a tradução para outra língua”, ou seja, um agrupamento de significados e conceitos de milhares de palavras. Porém, a partir de diversos estudos a respeito da linguagem, percebemos que uma mesma palavra pode conter diferentes significados, dependendo de seus interlocutores e do contexto em que é usada.

Veja a palavra “criatividade”, por exemplo: segundo o dicionário, criatividade significa “originalidade; qualidade da pessoa criativa, de quem tem capacidade, inteligência e talento para criar, inventar ou fazer inovações na área em que atua”. Criatividade então seria uma capacidade humana, um processo técnico, que se desenvolve e aperfeiçoa. A criatividade pode resolver problemas matemáticos, pode criar maneiras de se alcançar a paz mundial, pode aproximar pessoas distantes e também planejar uma cidade do zero. O processo criativo é utilizado para facilitar a vida das pessoas, tornar o mundo um lugar melhor. Seu conceito foi construído a partir disso.

Mas como qualquer outra palavra, a criatividade pode se ressignificar a partir de diferentes olhares. Assim, ser criativo também significa estar apaixonado pela vida. Amar a vida a ponto de querer torná-la ainda mais bela, com mais música, mais arte, mais amor. Utilizar o processo criativo não para facilitar a vida fisicamente, mas também emocionalmente. Fazer com que as pessoas achem propósito em sua existência, ajudar a sociedade a olhar com outros olhos, transformar a passagem pela Terra em um processo mais fácil de se enfrentar através da arte.

A criatividade pode ser a responsável pelo descobrimento da cura do câncer e com isso salvar muitas vidas, o que é maravilhoso. Mas saber que ela também está envolvida no processo de cura da depressão é incrível! Ela não é capaz somente de salvar vidas, mas também de ajudar as pessoas a sentir vontade de viver.


Alanna Fontes
99184

Se não fosse o Van Gogh, o que seria do amarelo?

"Se não fosse o Van Gogh, o que seria do amarelo?" (QUITANDA, Mário).
Quase 50 tons de amarelo – Os girassóis de Van Gogh


Este é, provavelmente, o quadro mais conhecido de Van Gogh, considerado uma façanha em termos técnicos, pois é quase todo pintado em amarelo. Esta cor, aliás, foi a sua favorita – preferência que se manifestou em Paris, sob a influência da arte japonesa.
Brilhante e chocante, este simples vaso de girassóis explode com uma intensa vibração. As pinceladas foram feitas com tinta espessa, que Van Gogh aplicava como um escultor aplica argila para fazer um relevo, a pintura mostra um pouco da estética da arte de Van Gogh.
As cores, sombras de amarelo e marrom, e a técnica expressam um belo mundo de esperança e sol. Na época em que este quadro foi pintado, no entanto, este mundo estava escapando lenta mas inexoravelmente das mãos do pintor em desespero. Talvez a superfície do quadro, agitada, quase maníaca, reflita o estado de espírito do artista, que se aproximava do final trágico de sua vida breve.
Pintor que adorava a natureza e era capaz de enxergar pura beleza nas coisas simples, Van Gogh afirmava que preferi pintar árvores vistas através de uma janela a pintar visões imaginárias.

Laísa Rodrigues de Menezes, 99197

Filme "A Chegada" e a influência através da linguagem


Em 1940, Benjamin Lee Whorf, um engenheiro químico interessado em antropologia, publicou o artigo “Ciência e linguística” na revista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos. No texto, Whorf aplicava as ideias do linguista alemão Edward Sapir sobre a influência da linguagem no modo de pensar dos indivíduos – ele defendia a tese de que os indígenas americanos tinham uma visão de mundo diferente dos falantes de inglês porque suas línguas originais não diferenciam a conjugação dos tempos verbais. Devido a essa peculiaridade, os nativos tinham dificuldade de compreender o conceito de temporalidade, mas conseguiriam intuir a teoria da relatividade de Albert Einstein, segundo a qual o tempo passa de forma diferente de acordo com o ponto de vista do observador.
Essa teoria sobre como a língua materna molda a forma como vemos o mundo recebeu o nome de Hipótese Sapir-Whorf, ou relativismo linguístico. Nas últimas décadas, cientistas tentaram provar essa teoria por meio de várias experiências. Nenhum deles foi tão bem-sucedido quanto o cineasta canadense Denis Villeneuve no filme A chegada, que estreou na quinta-feira (24). Valendo-se dos recursos da ficção científica, Villeneuve coloca em prática os conceitos de Sapir-Whorf. Mas, em vez de línguas humanas, a trama se debruça sobre línguas alienígenas.

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Em A chegada, a análise da linguista Louise conclui que o idioma dos alienígenas não se apoia em definições claras de presente, passado e futuro. Por isso, a escrita extraterrestre não é linear como as línguas humanas, escritas da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita. Todas as palavras se juntam em símbolos circulares nos quais os verbos não têm conjugação. Tampouco há correspondência entre a língua falada e a língua escrita. Os alienígenas falam por meio de sons que a garganta humana é incapaz de imitar, mas os círculos que eles escrevem não são a representação gráfica desse discurso. É nesse aspecto que A chegada se torna um filme mais ficcional que científico. Segundo a linguista Jessica, há sempre uma correspondência entre o escrito e o falado nas línguas humanas. Mas esse é o tipo de licença poética (ou, no caso, científica) que cabe bem nos filmes de ETs. 

Laísa Rodrigues de Menezes, 99197

"Se a vida é um jogo, aqui estão as regras"

Em filosofia da mente, o funcionalismo é um conjunto de teses que defende a análise do comportamento e fenômenos mentais segundo as funções que desempenham. De bases behavioristas, a teoria pretende eliminar deficiências e tendências eliminativistas, considerando a complexidade de fatores por dentro de uma atitude. Também critica a complexidade do reducionismo no ato de estudar a mente por base nos estados físico-químicos do cérebro.
Por exemplo, o ato de ingerir alimentos não seria avaliado pelo estado cerebral ou na temática behaviorista de evento-comportamento (o fato de sentir fome faz com que a pessoa vá buscar comida), e sim na utilidade da ação, ou seja, a intenção do sujeito de saciar sua fome. Uma das vantagem do utilitarismo é a observação também da disposição do ser em realizar uma ação (exemplo: se uma criança estiver distraída com uma atividade, ela pode não sentir vontade de alimentar-se, mesmo com fome).
O foco dos funcionalistas está na importância dos processos funcionais na adaptação do indivíduo e seu organismo no ambiente, como também as suas consequências práticas no mundo real. Muitas vezes se interessam mais pelos problemas em si do que pela funcionalidade dos eventos mentais para a sobrevivência.
O livro "Se a vida é um jogo, aqui estão as regras" trata um pouco disso.“ Allan e Barbara Pease apresentam as explicações científicas por trás da chamada Lei da Atração, mostrando por que (e como) atraímos para nossa vida aquilo em que mais pensamos. Conquistar o que você deseja é mais uma questão de escolha do que de talento ou sorte. Se você não consegue realizar seus sonhos ou evoluir na direção que procura, está na hora de conhecer as verdadeiras regras da vida e virar o jogo a seu favor. Com décadas de experiência em estudos do comportamento humano, os autores ensinam como reprogramar nossos pensamentos, influenciar positivamente o mecanismo cerebral envolvido nesse processo e adotar uma mentalidade voltada para a realização – e não para o medo do fracasso. Se você deseja alcançar um objetivo ou mudar algo na sua vida e não sabe por onde começar, este livro vai mostrar o que você precisa saber para dar o primeiro passo.

Laísa Rodrigues de Menezes
99197

Tá ouvindo?

O realismo basicamente  responde à questão da natureza ou essência do conhecimento. O realismo subdivide-se em duas modalidades: realismo crítico e ingênuo . 
O realismo Ingenuo: constituindo  a atitude específica do senso comum
Realismo Crítico: resulta de uma atitude que assenta em considerações de natureza crítica do conhecimento. 

O realismo na Idade Média representava uma visão do mundo mais sensível , isto é, aquela que pode ser captada pelos Sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato).Enquanto que o nominalismo nascia de uma visão mais concreta e antiespiritual das coisas. 

Exemplo: Uma música existe realmente, porque foi captado pela audição. Note-se que a música não é concreto, nem físico, nem material, mas mesmo assim pode ser considerado real devido à capacidade humana de converter aquelas ondas em um sinal compreensível.

Aline Fonseca
99187

Tsunami da ideologia

“A onda” é um filme de 2008 produzido na Alemanha que conta a história de um professor de 2º grau que foi designado para lecionar uma disciplina eletiva sobre autocracia

 O professor inicia a aula fazendo indagações básicas para se compreender as características da autocracia. Durante o decorrer da discussão o professor se impõe de maneira autoritária estabelecendo regras para que os alunos sigam. 
  Após muita resistência, os alunos acabam acatando as ordens do professor, que para as próximas aulas determinam que todos usariam branco como uma maneira de uniformiza-los e  a fim de criar uma unidade, além de criar um nome para o grupo intitulado de A Onda.

A situação foge do controle quando a classe realmente adere a ideologia fascista imposta pelo professor. Criam logo para o nome do grupo, fazem pichações pela escola, se envolvem em brigas de gangues. Apo´s tantas confusões envolvendo essa ideologia, o professor decide acabar com essa história, o que deixa um dos alunos revoltados. Segundo o professor, eles  a doutrina fascista tomou conta da classe, sem a percepção dos mesmos e explica que aquilo era inaceitável. 

Portanto, conforme visto em sala, a ideologia é capaz de esconder os conflitos que existe no mundo, tudo isso por meio de uma falsa harmonia e condições de progresso.

Aline Fonseca
99187

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Bolsa Família: LIBERDADE, DINHEIRO E AUTONOMIA

O programa Bolsa Família foi criado no ano de 2003, como unificação de outros quatro programas de transferência de renda: Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação, Auxílio-Gás e o cartão alimentação do Fome Zero. Visando inclusão social de milhões de brasileiros que sobreviviam em extrema miséria, o programa propôs o alívio imediato da situação de pobreza e fome. O fato de ser ainda muito insuficiente como tal não nos permite ignorar suas possibilidades de se tornar uma consistente política de formação de cidadãos se complementadas por um conjunto mais amplo de políticas publicas que visem este alvo – a formação da cidadania democrática no Brasil. Também almejava estimular um melhor acompanhamento dos serviços públicos de saúde e ajudar a superar índices de evasão escolar, repetência e defasagem idade-série de alunos. Visto que um dos requisitos para receber o auxílio é a permanência das crianças e adolescentes na escola. 

A partir da relação entre o Bolsa Família e a possibilidade de aliviar a situação de extrema pobreza criamos a hipótese de que a renda monetária, por menor que seja, provoca alterações na vida das famílias recebedoras, especialmente nas mulheres. Além disso vale ressaltar que as famílias que recebem o auxílio são aquelas cuja existência inteira foi carente de direitos básicos. Apesar de o valor não tirar essas famílias da faixa da pobreza, elas conseguem perceber a diferença e serem reconhecidas pelo Estado e isso gera uma certa autonomia dessas mulheres em relação a sociedade. Há relatos básicos onde a alteração é mínima, porém não insignificante, como comprar um alimento diferente para alimentar seus filhos, e outras maiores questões de divorcio e empoderamento e autonomia de sua própria vida.

Ao receber um dinheiro que é somente seu, as mulheres passam a desenvolver um empreendimento econômico próprio, engajam-se em novas experiências sociais e passam a se reconhecer, a si e as suas famílias, de modo diferenciado, tendo um controle de sua vida pessoal e familiar coletiva. Dessa forma as mulheres, antes dependentes de homens são libertas e passam a ter mais autonomia sobre suas vidas e a vida de seus filhos, gerando assim um empoderamento feminino em relação a necessidade de um homem provedor do sustento, que passa a ser inexistente a necessidade masculina na forma financeira pois as mulheres passaram a ser as lideres da família.

Iasmim Lamounier
ES99209









O jornalismo do rádio para a TV

Por: Guilherme de Carvalho Alves
99182

BlackBox, do Inglês, significa literalmente "Caixa Preta", e faz menção à Televisão. No então, as histórias, causas, consequências e mudanças proporcionadas por esta famosa "BlackBox" são inúmeras.

A televisão surgiu, de fato, em 1920, mas só em 1950 a primeira rede de televisão foi fundada no Brasil, a chamada TV Tupi, dando início a uma era de mudanças e inovações tecnológicas para a sociedade brasileira, assim como para o próprio Jornalismo.

Antes do surgimento dos meios televisivos, todas as notícias eram passadas pelo rádio em primeira mão. Para exemplificar melhor, o rádio era, por exemplo, o meio pelo qual os brasileiros acompanham o futebol. Os programas eram recheados, sempre, de novas notícias, informações o tempo todo e sem se preocupar tanto com o entretenimento do público, afinal, como não haviam muitas opções, os brasileiros não tinham muitas escolhas de concorrência.

Após o surgimento da TV, os programas esportivos, sejam as partidas de futebol ou os programas de debate/notícia passaram a ser bem diferentes. Nas telinhas, o que era visado, sempre foi o lucro, portanto, era preciso achar um meio de se gerar lucro com os programas, como citam Gastaldo e Savenhago, assim como o jornalista esportivo Paulo Vinicius Coelho.

Com isso, os programas esportivos passaram a ser fortemente marcado pelos shows dos apresentadores e integrantes, à fim de cativar o público com debates sem fim, e esquecendo a principal função do jornalismo, noticiar.

Tal afirmativa é comprovada nos programas atuais de TV, como por exemplo o Fox Sports Rádio, da emissora de TV por assinatura, Fox Sports. No programa, grande parte dele é destinado a debates sem sentido, discussões e shows por parte dos membros para que o público se sinta interessado pelas brigas, e não pela notícia. E funciona, já que é o programa de maior lucro da TV esportiva brasileira no horário.

Ou seja, o surgimento da TV proporcionou diversas inovações para a sociedade. Muitas delas extremamente positivas, mas outras, nem tanto.

O paradigma funcionalista e as funções pessoais

Por: Guilherme de Carvalho Alves

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O Paradigma Funcionalista explica a sociedade em termos de funções. Para ela dá mesma forma que um órgão do corpo humano sustenta a vida, uma instituição (família, igreja) mantém a ordem social vigente. Com isso, quais seriam nossas funções ?

Certamente, a resposta não é fácil de se encontrar. Temos funções sociais, profissionais, familiares, e com certeza em meio a tantas funções diferentes, sempre falta algo ou alguma coisa para se fazer, o que nos leva a esquecer, até mesmo, das nossas funções pessoais com nós mesmos. 

Tirar um dia para cuidar de si mesmo, aproveitar um fim de semana para esquecer de todos os problemas, esquecer do mundo e focar apenas no seu bem estar.. quando foi a última vez que você fez isso? 

Ou seja, são tantas funções, e tantas obrigações, que muitas das vezes esquecemos das funções primordiais para nossa qualidade de vida, que é cuidar de nós mesmos. é necessário, as vezes, nem que seja por pouco tempo, esquecer de todas as funções impostas a nós mesmos, e focar no que de fato importa. 

Séries de investigações criminais e o falsificacionismo

Por: Guilherme de Carvalho Alves
99182

A afirmação de Karl Popper, que diz que uma teoria se torna lei quando não se consegue mais negá-la está de fato, presente em boa parte do nosso dia a dia, seja nas nossas teorias das conspirações malucas, ou nas nossas crises na qual criamos 1001 teorias diferentes sobre o mesmo assunto. 

Além disso, partindo para o lado televisivo da coisa, é possível notar certa participação deste falsificacionismo dentro das séries de investigações criminais da TV. Seja Criminal Minds, CSI, ou NCIS, todas as investigações de um determinado crime partem de uma teoria para a resolução do problema e, em boa parte das vezes, não são as suposições verdadeiras sobre o fato que determinam o culpado ou não, são as suposições e premissas que invalidam o acontecimento. 

Afinal, a colocação de Popper faz total sentido, não são os fatos favoráveis que tornam uma teoria verídica, ela se torna quando não há mais possibilidades de refutá-la. Durante as investigações, assim como nos julgamentos, algo se torna concreto quando não há mais a chance de serem apresentados argumentos contrários a ela. As pistas de um homicídio que levam a determinado suspeito são levadas em consideração até que apareça algo que nega elas, ou então, o culpado é achado quando não é possível mais que as pistas sejam contestadas. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Honra, sexo e violência

Definido como "princípio que leva alguém a ter uma conduta proba, virtuosa, corajosa, e que lhe permite gozar de bom conceito junto à sociedade", o conceito de honra está presente em inúmeras sociedades. Na sociedade Ocidental o mesmo funciona como grande princípio norteador de ações dos indivíduos. 
Entretanto, este conceito tem perdido força no lado leste do mundo moderno. Em alguns países, onde os esteriótipos populares e tradições carregam peso mais forte, como com os italianos, persas, turcos e árabes, essa ideia de manter uma honra é amplamente defendida e reforçada. Sociedades agrárias feudais, ou outras que fazem o uso da terra e têm enfoque na propriedade das mesmas, possibilitam as condições de vida para que os cidadãos possam cuidar de sua "honra", enquanto que nas sociedades industrializadas não ocorre da mesma maneira. 
Em sociedades mais primitivas, a "honra" feminina é intrinsecamente ligado à sexualidade. Basicamente, a preservação da honra passa estritamente pela manutenção da virgindade  da mulher solteira e pela monogamia. Inclusive, em algumas sociedades é vedada o assassinato de membros de sua própria família  caso a honra da mesma tenha sido violado, gerando desonra a todos os familiares, até mesmo em casos de estupro, por exemplo.

Davi Pinho, 88986

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Afinal, o que é a arte?


            Ao refletir sobre a arte, pensa-se, a priori, que toda arte é uma narrativa que retrata o mundo com perfeição. A todo momento as obras artísticas discursam sobre o mundo, mesmo que de maneira fantasiosa. 
           Já o conceito clássico de arte tem sua primeira elaboração teórica na Grécia Antiga, com a ideia principal de que a arte é uma mimese (reprodução e imitação) da natureza. Ou seja, a arte imita a natureza. 
             Existem duas grandes escolas teóricas sobre o conceito dominante de arte. O primeiro grande discurso é o de Aristóteles em seu livro A Poética. Ele diz que não existe uma beleza ideal, as belezas estão nas coisas em si. Para ele, a arte é superior ao mundo, o que significa que a produção artística é capaz de retratar o mundo de maneira mais significativa e perfeita do que a própria realidade.


          Ex: o relógio de Dali, que passa uma mensagem: o tempo está escorrendo em nossas mãos. Nesse sentido, o relógio de Dali traz uma representação, um sentido que vai além do significado do simples relógio de parede que existe na realidade. 


          Outra grande escola teórica, antagônica à escola aristotélica, é a escola platônica. Platão, em seu livro A República, defende que a arte deve ser banida da cidade ideal, porque a arte corrompe o homem e é inferior ao mundo. Dessa forma, para ele a verdadeira beleza é a busca da essência pura das coisas. A filosofia traz esta beleza, seria então a verdadeira arte, pois busca a essência das coisas. 


Aluna: Laura Fernandes de Souza. 
Matrícula: 99190. 


Tem realidade sem consciência

O objetivismo diz que a realidade existe independentemente da consciência que temos das coisas e que so a notamos e temos contato com ela através do sentido e que pode conhecer objetivamente através da formação de conceitos e da lógica e q o objetivo moral da vida é atingir a felicidade. O princípio defendido por Rand, criadora dessa corrente, é que os valores são objetivos, não são criados pelos pensamentos que alguém tem ou teve, mas sim determinadas pela natureza, que através da lógica e da criação de conceitos, o homem descobrirá a realidade.

Pedro Henrique 99185

Todos os textos desse blog têm palavras

A frase do título é verdadeira, mas pode ser provada como falsa a partir do momento em que se observe algum texto aqui sem nenhuma palavra. O falsificacionismo é a corrente filósofica que utiliza a falseabilidade das observações e experimentos, em que as prorrogativas tidas como universais podem ser consideradas falsas a partir do momento em que se observa uma existência singular diferente da existência universal do mesmo objeto (como achar um texto sem palavras aqui no blog). A teoria têm sido fundamental para investigar se supostas teorias possuem ou não validade científica. A falseabilidade serve para separar informações falsas, como a pseudociência, dos campos reais da ciência.

Pedro Henrique 99185

É verdade que a mentira que você ouviu é verdade

Verdade pode ter vários significados. Pode significar tudo aquilo que é real, pode ser aquilo que não é mentiroso, pode ser aquilo que é fiel a algo, etc...
A verdade é, para Nietzshe, é um ponto de vista. Ela depende de vários pontos de vista, de percepções e valores. Por exemplo, o método para julgar a verdade em um objeto estar em uma posição x e o método de medir a verdade por trás de algum sentimento que sentimos são completamente diferentes, dependendo da percepção que temos das coisas, que pode não ser a verdade real e sim nossa verdade, e outra dependendo da introspecção e raciocínio. Descobrir uma verdade absoluta é algo que perpassa gerações, e é algo que nos leva a pensar em toda a profundidade que esse debate carrega. Quem sabe a mentira seja a verdade e a verdade seja mentira, enquanto que se a mentira for verdade, ela não é mais mentira, se tornando uma verdade, mas que pode ser mentira, o que faria a primeira colocação ser mentira, o que, por si, seria verdade, mas a frase sendo verdade, significa que a verdade é mentira, o que retorna a primeira conclusão de que a mentira é verd.......

Pedro Henrique 99185

Autonomia > Liberdade

Segundo Kant 1724-1804, capacidade da vontade humana de se autodeterminar segundo uma legislação moral por ela mesma estabelecida, livre de qualquer fator estranho ou exógeno com uma influência subjugante, tal como uma paixão ou uma inclinação afetiva incoercível. Essa característica se faz mais essencial para o ser humano, pois a habilidade de viver guiado pelos seus próprios preceitos morais lhe faz uma pessoa única, que vive sem as amarras da suposta liberdade q vivemos, que sofre das maiores influências éticas e ideológicas.

Pedro Henrique 99185

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Representação real do cotidiano-Cidade de Deus

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 É  comum vermos séries e filmes que retratam a adolescência/juventude, normalmente, jovens que estudam es escolas perfeitas( sendo públicas ou não) que vivem problemas familiares mas dão um jeito pra tudo, que vivem com conforto e tudo é minimizado pelo contato com as amizades/ envolvimentos amorosos. Porém, a realidade é beeem diferente, e uma das poucas representações cinematográficas totalmente próximas a realidade é o filme Cidade de Deus, o filme conta histórias reais de moradores da Cidade de Deus, bairro periférico do Rio De Janeiro.
 Sem romantizar parte nenhuma, deixa claro que os conflitos vividos lá são reais e que a vida para quem vive em uma comunidade não é nada linda, a realidade muitas vezes assusta e ver sendo maquiada perante uma tela de televisão nos trás um conflito, por isso a importância de representações reais.
 O filme mostra como muitas vezes o crime é apresentado como solução para crianças e adolescentes que vivem na pobreza e acham não conseguir sair daquela situação, isso é real e chama atenção para um problema público, a crítica social que busca atrair olhares afim de buscar soluções, e para isso é preciso buscar cada vez mais representações como essas.

Laura Beatriz 99194

Livre só para fazer ou também para NÃO fazer?

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 Muito se fala de liberdade, muito parece se entender e discutir, mas o objetivo desse texto não é deixar claro o que muitos já sabe, é porém criticar o conceito e problematizar o discurso. Ao falar, como mulher, tenho pontos a se levantar: A liberdade serve apenas para dizer sim??? porque ao falar não sou criticada? O discurso de ódio da sociedade contra as mulheres é sempre o mesmo: NÃO pode usar roupa curta, NÃO pode ficar com muitos garotos, NÃO pode andar sozinha, NÃO, NÃO e NÃO. 
 A luta contra esses discursos é válida e nunca poderá ser desmerecida, porém aí surge outro problema, a tal liberdade de escolher sobre a vida do outro, de resolver um problema e criar outro, como: NÃO pode querer casar cedo, isso é coisa de antigamente, NÃO pode querer ter muitos filhos, NÃO pode querer abdicar de sua profissão para ser mãe e dona de casa. Entendo que muitas mulheres lutam contra esse padrão, porém a discussão aqui é para defender aquelas que escolhem ser assim( e eu nem sou uma delas) e a tal liberdade, que muitas vezes é distorcida, liberdade apenas para escolher viver a juventude bebendo, curtindo e beijando ou liberdade para dizer não a essas coisas? e porque quando dizem não são julgados como alguém que não aproveita a vida? Ja que é algo tão indivídual.

Laura Beatriz 99194

Honra ao mérito????????

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  É comum vermos medalhas como essas, normalmente são dadas em torneios esportivos, muitas vezes somente aos melhores colocados. Segundo o dicionário, honra ao mérito seria o reconhecimento por algo feito com destreza e que seja notório, sendo digno então de tal felicitação. Mas o que nos leva a pensar que somente os que chegaram primeiro merecem tal honra ?
 Se fizeram e chegaram primeiro desqualificam os que também fizeram porém não tiveram tal desempenho? E até onde ir por honra? Honra a quem? Fica aí questionamentos. Honra somente o que melhor se presentou ou a todos que passaram tempo ensaiando? Honra apenas ao que obteve maior pontuação ou a todos que deixaram seus hobbies para se dedicar a tal prova?
 O conceito de honra ainda é  muito frágil, pessoas diariamente morrem por defender tal honra, para honrar sua história, seu país, sua família, buscando aprovação e reconhecimento por seus fazeres e se perdendo cada vez mais.........

Laura Beatriz 99194

Uma discussão sobre liberdade e religião

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"Deus fez o homem a sua imagem e semelhança" é a frase que inciaremos este texto. Primeiramente, ela ficaria melhor colocada como: "O homem fez Deus a sua imagem e semelhança". Um exemplo de divindade famosa é Jesus Cristo, cujo um dos seus maiores milagres foi nascer branco e de olhos azuis no Oriente Médio. A aparência que ele é retratado diz muito sobre o tipo de homem que, segundo os idealizadores desse sistema religioso de opressão, deveriam ser respeitados, já que se parecem fisicamente com o divino. Obviamente se refere ao homem europeu, branco e hétero (de tabela, já que na bíblia se diz que o certo é homem-mulher). Um sistema (de opressão) construído em cima de crenças que amedrontariam e oprimem a população, já que quem desrespeitasse a Igreja, queimaria no inferno.
Na Idade Média, se tem o monopólio dessa instituição (igreja) como a mais poderosa do mundo. No entanto, se esse sistema estava em vigor sob você, obviamente, a sua vida e os acontecimentos dela pertenciam ao não bondoso Deus. Se você é um camponês em um feudo e vai iniciar o ano de plantio, cabe ao divino decidir se a colheita vai ser boa ou não e, nada que você racionalmente fizer para melhorar a plantação, seria válido, já que seu destino já estava escrito por ele. Este é o problema do sistema religioso. Você, como indivíduo, não tem liberdade, não tem autonomia. Nos dogmas, o falso "livre-arbítrio" descrito nele, é apenas pretexto para que você faça algo que não é "bem visto aos olhos do pai" para que você seja condenado a queimar eternamente no inferno.
No mais, a reflexão final do texto é: o quanto de liberdade se tem dentro de uma religião onde seu destino já foi escolhido por um ser superior?

O quanto vale a honra de um espadachim Ioniano?

"Não morrerei desonrado" é uma frase de um campeão em League of Legends. Yasuo, "o imperdoável" é um espadachim ioniano que domina as técnicas do vento. Quando foi para um templo de Noxus aprender e aprimorar sua técnica de luta com seu mestre, o personagem se dedicava muito a este feito. Entretanto, em uma noite, o imperdoável escutou as tropas noxianas chegarem e resolveu sair para ajudar sua província a ganhar aquele confronto. Quando chegou, presenciou a pior cena de sua vida. Havia corpos de ambos os lados espalhados por todo aquele vale. Um químico louco, chamado Singed, havia usado seu ácido para testar seu poder frente à um novo confronto que estaria por vir, e resolveu realizar o primeiro uso nesta batalha. Há quem diga que até hoje aquele solo é amaldiçoado.

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Ao sentir que aquela não era uma área boa para ficar, até porque acabara de presenciar uma cena horrível, Yasuo retorna ao seu templo, onde estava seu mestre e, que coincidentemente, era a sua noite de protege-lo. Quando chegou, se depara com todos os alunos no local e seu mestre assassinado. Como, em teoria, a única pessoa que permaneceu com o mestre naquela noite era o campeão, ele foi acusado de assassinato. E não teve saída, para escapar com vida, teve que lutar contra todos os outros alunos. Até hoje, ele vaga pelas florestas ionianas fugindo e em busca de encontrar o assassino de seu mestre, porque aquilo, para ele, restauraria sua honra.
Afinal, o quão vale a restauração da honra de um espadachim que matou todos os seus colegas para sair vivo e encontrar o assassino de seu mestre???

O cansaço do personagem mais inteligente do universo

Rick Sanchez é um personagem da animação americana "Rick e Morty". No universo da série animada, Rick é retratado como um dos seres (se não o mais) inteligente do universo. A genialidade para inventar coisas novas, procurar novas aventuras e sair de emboscadas é genuinamente bem feita. Rick e seu neto Morty nos apresentam um estilo cômico que diverte todo o público que os assiste.
Entretanto, analisando com um olhar mais crítico, Rick parece que está cansado. O ritmo com que acontecem as coisas na vida dele é absurdamente rápido. O jogo de cenas é rápido. O jogo de ações é rápido. A vida de Rick passa rápido. Ele, obviamente, se cansa mais rápido. Tanto que ele, recorrentemente, tem crises existenciais e se sente inútil.

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Imagine, em um cenário hipotético, que você (assim como ele) é o ser mais inteligente do universo. No seu tempo livre, você cria máquinas do tempo e visita períodos importantes para a história da humanidade: pirâmides do Egito, templos Maias, Coliseu, Grande Muralha da China, entre outros. Quando se "cansa", resolve visitar multiversos, criar foguetes, máquina que transforma ar em gelo, transmuta metal em ouro, cria uma nova forma de vida, etc... Quando você se cansa, o que fazer agora? Tudo o que você criou, viu, presenciou, se tornou momentaneamente interessante para o seu "eu" no momento. Porém agora, você cansou daquilo.
Não importa o que aconteça, se você é o ser mais ou menos evoluído da sociedade atual, você se cansa. E o que fazer, se eventualmente vamos cansar de tudo?
Rick é só mais um exemplo de que ninguém está a salvo disso. A sensação que temos é, que na nossa sociedade atual, o tempo passa mais rápido. Isso se deve, obviamente, ao intenso fluxo de informações/pessoas/capitais/conhecimentos cada vez surgindo e se dissipando mais rápido. Não importa quem é você, porém, aposto que está cansado. Que tal parar e procrastinar um pouco, da forma correta?


Luiz Gustavo Barbosa
99203

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Violência sexual na cadeia: Masculinidade e Honra

A violência sexual entre prisioneiros é muitas vezes justificada como sendo a manifestação de uma pena, imposta e prevista por uma "regra social interna" dos  presídios. Esse tipo de punição imposta é mais comum contra os novatos, sendo "vitimas" preferenciais os estupradores, parricidas, "cagoetas", "laranjas" e "afeminados". Para os presidiários, estas categorias ferem a honra (leia-se: os códigos de honra) da sociedade. Não somente da comunidade prisional, mas da comunidade externa de onde eles provém, justificando, assim, uma punição mais "apropriada" do que a imposta pelo Estado.

Os guardas não têm controle da situação dentro das penitenciarias, fazendo essa pratica virar cada vez mais comum. Os número incontável de presidiários mais jovens, de aparência ou compleição mais delicada, são sodomizados a força e obrigados a fazer sexo oral com o líder da cela, às vezes, com dezenas de outros homens. Em sua maior parte tais violentadores são heterossexuais que devido ao confinamento presidial, praticam o “homoerotismo ocasional ou de substituição”, abusando com violência dos mais frágeis.

Existe um ferimento em relação a essa masculinidade, a maioria dos homens que acabam chegando nas celas viram "mulherzinha" que além de servirem para satisfazer os desejos sexuais dos outros companheiros de cela acabam sendo obrigados a fazerem serviço de limpeza e serviços que seriam realizados por mulheres. Essa pratica evidencia uma forma de submissão que na maioria das vezes  manipula os conceitos de gênero, tais como, papel, identidade, construção e desconstrução da masculinidade numa perspectiva de aplicação de uma  sanção  penal informal emicamente justificada como oriunda de códigos de honra.

No confronto entre os presidiários temos duas categorias de violentadores. O violentador que feriu a honra (leia-se códigos de honra) do grupo, e que deve ser punido, tendo sua própria honra violentada, transformando-se então em vitima. E o violentador do violentador, que se transforma num justiceiro (braço direito da  justiça)  tomando a honra do violentador/vitima e devolvendo-a para o grupo. É que a honra deve ser recuperada através da violência localizada no corpo  físico.  Tal qual a  crença, ainda hoje corriqueira, de que honra se lava com sangue. A honra pode ser representada tanto pela rigidez comportamental, pela riqueza e pela generosidade quanto pela violência e pela agressão. Como os presidiários não possuem nada pra representar riqueza seu poder dentro das cadeias vem de forma agressiva e violenta, o mais poderoso é o considerado mais perigoso.

Iasmim Lamounier
ES99209


Teoria do fazer do Logos


Quando eu digo "eu prometo" eu faço algo por meio da linguagem. Crio, efetivamente, na realidade, um compromisso entre mim e você. Isso é chamado de função fática da linguagem. É diferente, por exemplo, de quando descrevo um fato "hoje tomei café na Livraria, chovia e eu me sentia acolhida."

Quando Ele disse "haja luz", extrapolava isso, então? Criava efetivamente na realidade por meio da linguagem? Ele se chama de Logos, "Palavra", pois diz " no início era Aquele que era a Palavra/ Verbo e estava com Deus e era Deus." Mesma coisa quando Ele diz “Haja luz” e houve luz. De Deus emana realidade física por meio daquilo que Ele fala. Ele fala e portanto, é. Essência precedendo a existência, se pudermos colocar nesses termos.

Doidera.



Kedma Julia 99174

Meu coração e espada, sempre por Demacia

Garen, personagem do game League of Legends, é um grande exemplo do que significa a honra no seu sentido filosófico. O guerreiro tem uma lealdade quase cega pelo seu país Demacia. Tinha conduta baseada em manter às raízes e tradições demacianas, bem como carregava todo o preconceito e raiva dos magos que mataram sua família. Era bom e virtuoso, mas isso n caracteriza a honra para filosofia, e sim para o sentido denotativo da palavra após várias construções históricas e sociais para ressignificar a palavra. Sua conduta de seguir estritamente o que suas raízes ditaram, o faz honrado, e não a conduta nobre, valente e virtuosa, que supostamente são o sentido literal de honra.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Ideologia, cultura moderna e Como as democracias morrem


Ideologia, cultura moderna e Como as democracias morrem

Penso, quando penso na historia da televisão no acesso democrático a informação. Para que todos saibam, para que todos tenham voz, para que haja liberdade de imprensa. O livro “Como as democracias morrem” de Daniel Ziblatt e Steven Levitsky, trata que a imprensa tem papel fundamental na conservação da democracia. Existe um alinhamento de falas que nos permite sacar para onde anda a democracia e quando parece que ela vai morrer. Outro livro sobre é "O fim da America", de Naomi Wolf. São basicamente cartas entre uma jornalista e um historiador primo dela para analisarem juntos o que ela tem percebido nas falas de presidentes americanos. Uma das coisas é a proximidade das expressões usadas no cenário americano com falas de Hitler ou Stalin. Pensar numa comunicação democrática é ferramenta para mantermos a liberdade civil contando que haja diversidade de discursos (inclusive de ideologias). 
Os meios, temos. Como fazer e o que exatamente queremos é que é o problema. 
Fica aí a reflexão. 


Kedma Julia 99174

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Objetivo de verdade ou verdade objetiva?

A Objetividade Informativa se baseia em três pontos fundamentais: o valor da informação, a checabilidade e a legitimidade, deixando de lado a subjetividade, devido ao caráter intrínseco individualista do subjetivo. Portanto, o profissional deveria ter um comportamento completamente neutro e profissional em relação a todas fases de seu serviço, da apuração da notícia à produção do conteúdo, justificando que assim ele chegaria à verdade. 
Entretanto, essa maneira de se fazer a atividade jornalística foi amplamente criticada devido ao caráter apático à realidade que impunha à produção de conteúdo dos jornalistas. Um grande crítico da objetividade informativa foi Clóvis de Barro, que em 1995 publicou o livro "Ética na Comunicação: da informação ao receptor", no qual em um momento pós-ditadura expressa sua indignação sobre como todos os textos eram censurados, padronizados, sem personalidade e sem voz. 
Por exemplo, o jornal Diário da Região apresenta uma fala do exército que há época havia acabado de realizar um golpe de Estado a partir de uma falsa ameaça comunista que assolava o país, como se a situação estivesse de fato sob controle. A Objetividade Informativa se provou falha inúmeras vezes na história do jornalismo, uma vez que um jornalista desprovido de subjetividade pode facilmente fazer uma matéria objetiva, mas não ser verdadeira.

Davi Pinho, 88986

Estamos perdidos?

Toda época da humanidade foi acompanhada por uma chaga específica, e a atual não seria diferente. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ibope, em 2013, 98% dos brasileiros se sentem cansados física e mentalmente, fato que evidencia que vivemos em uma sociedade que explora ao máximo seus cidadãos e não se preocupa com os danos disso.
O filósofo Michel Foucault aborda o tema ao analisar nossa sociedade através do conceito de “sociedade da disciplina”. Conceito este que pode ser entendido como a explicação da falha das ideias iluministas, de forma que à medida que burguesia ascende, os ideais de “fraternidade, igualdade e liberdade” somem. Esta sociedade é marcada pela negatividade, onde as normas e meios de controle são fortemente monitorados e o tempo cronometrado, repetido e fiscalizado para forçar uma conduta padrão. A disciplina jamais quer reduzir as forças, mas sim padronizar-las, selecioná-las e torná-las mais efetivas.

A animação “Are you lost in the world like me?” de Steve Cutts aborda exatamente esse aspecto da sociedade, no qual o personagem principal vaga pelo centro de uma sociedade e se depara com os aspectos descritivos usados por Foucault para a sociedade da disciplina. Cansaço, obediência, padronização, solidão, tristeza e negatividade, elementos marcantes da sociedade que vivemos.

Davi Pinho, 88986

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Tá jóia?


A polifonia discursiva proposta pelo filósofo russo Mikhail Bakhtin representa a pluralidade ou multiplicidade de vozes presentes na comunicação. Isso está diretamente ligado a cultura em que se vive, interferindo na comunicação e hábitos de uma sociedade.

“Em toda parte é o cruzamento, a consonância ou a dissonância de réplicas do diálogo aberto com as réplicas do diálogo interior dos heróis. Em toda parte um determinado conjunto de ideias, pensamentos e palavras passa por várias vozes imiscíveis, soando em cada uma de modo diferente.” 
Tudo o que fazemos e falamos é reflexo de uma consciência e criação anterior que nos foi passada já formada. Por exemplo, no Brasil, o gesto de levantar o polegar, o famoso "joinha", é um símbolo que representa um "ok, tá tudo legal". O por quê dessa significação eu não sei, mas o utilizo demais. Porém, no Oriente Médio, Grécia, Rússia e alguns países da África é considerado um insulto obsceno e você deixará a pessoa louca!
                                                       

                                                   
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Maria Eduarda - 99199