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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Uma análise da obra “O Espelho” | Machado de Assis



Com base na polifonia discursiva, de Mikhail Bakhtin , que condiz com o olhar do outro como determinante do olhar da pessoa sobre si própria, aqui iremos discorrer sobre uma obra do renomado Machado de Assis (1839-1908), escritor brasileiro e um dos maiores nomes da literatura brasileira.

“O Espelho” é um dos contos presentes no livro “Papéis Avulsos”, de Machado de Assis. Particularmente, meu livro preferido de todos já lidos por mim, pois traz um debate sobre diferentes contos com diferentes narrativas e significados com moral em seus finais.



Essa obra particularmente, me pareceu óbvia quando comparada com o conceito proposto por Bakhtin, isso porque no decorrer do conto, o personagem Jacobina, um homem de 45 anos, descobre sua alma interior e exterior, e o peso com que a alma exterior é exageradamente maior que o da outra.

Isso é contado à maneira que Jacobina dentro da história, conta sua própria história de vida. Ele diz que com 25 anos, foi nomeado Alferes da Guarda Nacional, e com isso passou a ser muito bem visto pela família. Sua prima Marcolina, por exemplo, o chamou para passar tempo em um sítio que ela possuía e como presente, a tia forneceu ao sobrinho um espelho proveniente da Família Real Portuguesa.

Acontece que, com a viagem de sua tia, os escravos escravizados no sítio foram embora, e não tinha ninguém que pudesse rotular Jacobina, que se sentiu triste por isso e decidiu se olhar no espelho, mas com certa surpresa, ele tem uma visão completamente confusa e não o vê como ele achava que fosse. Então, Jacobina decide vestir sua farda de Alferes e vai novamente até o espelho, que é quando ele se encontra novamente, pois era aquela a visão que sua tia, por exemplo, colocava para ele. Ou seja, a alma exterior de Jacobina era na verdade era ditada por outros, e não ele mesmo, assim como sua consciência sobre si próprio.


Isabelle de Oliveira
Matrícula: 99200

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