Muito se é discutido entre os autores sobre ideologia, sendo que muitos desses usam esse termo como concepção crítica, levando em conta que essa pode e é usada como um instrumento de alienação e dominação. Não é necessário força física quando se controla uma pessoa ou uma massa pela mente, levando-as a acreditar que o que está acontecendo é uma escolha dessas, e não de fato uma persuassão.
Marx divide o conceito de ideologia em dois: um por meio da separação da consciência, leva o homem a alienação; e outra que contempla a ideologia como uma superestrutura composta por diversas representações que compõem a consciência. Para Marx, a ideologia mascara a realidade. Os pensadores adeptos dessa escola consideram a ideologia como uma ideia, discurso ou ação que mascara um objeto, mostrando apenas sua aparência e escondendo suas demais qualidades.
É exatamente essa ideia que podemos aplicar quando abordamos a história de Jonestown.
Jonestown era o nome informal de uma organização religiosa estadunidense que tinha como líder Jim Jones. Tratava-se de uma tentativa de construir uma comunidade rural autossustentável, em um local com solo pobre e com pouca água doce. A comunidade estava superpovoada quando se leva em conta os recursos disponíveis nas proximidades. Essas circunstâncias que contribuíram para a deterioração das condições de vida no local. Jim Jones, utilizando-se de sua habilidade de discurso convenceu as pessoas a participarem dessa sua sociedade, usando a fome e o desespero dessas pessoas como um gás para convencê-las de que seriam bem cuidadas. Esse local se tornou internacionalmente famoso quando em 18 de novembro de 1978, tornou-se oficialmente a história do maior suicídio coletivo do mundo
Essas mortes aconteceram em Jonestown depois do assassinato de cinco pessoas, incluindo o congressista Leo Ryan. Quatro outros membros do Templo morreram em Georgetown por ordens de Jones. Por essa razão, com medo de ser pego e ter que lidar com as consequências do que havia causado, Jim Jones convence a toda as pessoas daquela sua sociedade a ingerirem um líquido envenenado, causando a morte de todos, e depois matando a si próprio com um tiro. Esse evento foi chamado de ’'suicídio revolucionário’', onde o líder, através de um discurso, tentava levar aquelas pessoas a acreditarem que se matar era o melhor a ser feito. E elas o fizeram.
Esse acontecimento em Jonestown costuma ser chamado de ‘'sucídio’’ em massa, ainda que alguns sobreviventes do ocorrido considerem que tenha sido, na verdade, parte de um assassinato em massa. Até hoje, a história dessa comunidade é permeada de teorias da conspiração.
Ana Caroline Souza, 99211
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