Existe uma concepção de ciência como algo racional,
imparcial, abstrato e controlado. No entanto, o físico Thomas Kuhn em seu livro
“Estrutura das Revoluções Científicas” mostra que na verdade a ciência é
cultural e histórica. Desta maneira, ele ressalta que a ciência não é só um
contraste entre teorias e realidade, mas sim uma disputa entre defensores de
determinados paradigmas.
Mas o que seriam esses paradigmas? Bom, na visão de Kuhn
esses paradigmas seriam conjuntos de leis e teorias científicas que movimentam
a ciência, uma vez que por meio deles os cientistas vão encontrando respostas
diante dos problemas/crise que podem envolver a ciência normal.
Observe o esquema abaixo da evolução da ciência para Kuhn:
Portanto, é interessante pensar que de acordo com Kuhn, primeiramente,
existe um paradigma aceito pela ciência normal, que até chega a solucionar
alguns problemas que os cientistas buscavam, mas como na visão de Kuhn a
ciência não é algo imutável e controlada, surgem anomalias que precisam ser
resolvidas. Sendo assim, há uma crise desse paradigma anterior e novamente
ocorrerá uma disputa por paradigmas em que outro será aceito pela comunidade
científica, ocorrendo a revolução científica que logo enfrentará novas crises.
Dessa forma, o pressuposto de Kuhn sobre a ciência ser cultural e histórica é
reafirmado.
Pode-se dizer então que a ciência está em constante evolução e é como um quebra-cabeça que vai sendo construído aos poucos.
Autora: Laura Fernandes de Souza.
Matrícula: 99190.
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