Em oposição ao realismo, o nominalismo nos faz crer que toda a realidade é criada pelos homens, e os objetos são abstratos, são apenas nomes criados.
"O nominalismo é uma filosofia na qual as idéias gerais, como gêneros ou espécies, não passam de simples nomes, sem realidade fora do espírito ou da mente. A única realidade são os indivíduos e os objetos individualmente considerados. Desse modo, o universal não existe por si: é mero nome, vocábulo com significado geral, mas sem conteúdo concreto, que só reside no individual e no particular."O livro infantil "Marcelo, Marmelo, Martelo" trata desta temática. Marcelo, um menino de 6 anos, começa a perceber que uma porta só é uma porta porque alguém lhe atribuiu esse nome. Abaixo, um trecho:
— Papai, por que é que mesa chama mesa?
— Ah, Marcelo, vem do latim.
— Puxa, papai, do latim? E latim é língua de cachorro?
— Não, Marcelo, latim é uma língua muito antiga.
— E por que é que esse tal de latim não botou na mesa nome de cadeira, na cadeira nome de parede, e na parede nome de bacalhau?
Marcelo continua intrigado e passa a criar nomes que, dentro de seu conhecimento, "deem sentido" as coisas.
"Pois é, está tudo errado! Bola é bola, porque é redonda. Mas bolo
nem sempre é redondo. E por que será que a bola não é a mulher
do bolo? E bule? E belo? E bala? Eu acho que as coisas deviam
ter nome mais apropriado. Cadeira, por exemplo. Devia chamar
sentador, não cadeira, que não quer dizer nada. E travesseiro?
Devia chamar cabeceiro, lógico! Também, agora, eu só vou falar
assim".
Por fim, a comunicação com seus pais começa a ficar complexa e Marcelo percebe que, embora os nomes sejam apenas coisas inventadas, uma linguagem padronizada é fundamental para que todos da mesma sociedade possam se comunicar.
Maria Eduarda - 99199
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