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sábado, 30 de novembro de 2019

A Música como arte


A arte nos circunda em tudo. Na sociedade atual, se prestarmos o mínimo de atenção, o singelo ou incrédulo pode se transformar em arte. No entanto, tempos atrás o primeiro conceito de elaboração de arte era “uma mimese da natureza”, isto é, uma imitação e reprodução sobre o mundo da natureza. Existem duas grandes correntes que discorrem sobre o conceito de arte: a de Aristóteles e de Platão. A primeira diz que a arte é superior à natureza, enquanto que a segunda afirma que a arte é inferior ao mundo.
            Apoiando-se nessas duas visões, podemos compreender que a arte é uma réplica mal feita do mundo, seria a manipulação da realidade (corrente platônica). Isso me recorda de uma música do Lulu Santos chamada Tempos Modernos. Há um trecho muito interessante nela que merece destaque:
Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir
            A música é uma arte, pois há nela uma reconfiguração de uma visão de mundo do cantor que a traduz em melodias e acordes. Sendo assim, destaco algumas frases importantes:
“Hoje o tempo voa, amor”
“Escorre pelas mãos”
Nessa parte, é perceptível notar um sentido totalmente diferente do usual que estamos acostumados. Sobre o tempo voar, é uma metáfora, pois o tempo não voa e muito menos escorre pelas nossas mãos. Contudo, essa reprodução artística permite a aplicação de um significado muito maior e profundo que causa uma catarse, um êxtase em quem ouve a música. Dessa forma, ao mesmo tempo que a própria metáfora renuncia a realidade vivenciada por nós dando novos sentidos (corrente aristotélica), ela também é uma reprodução do nosso real e não necessariamente tal como é.

Seja da corrente aristotélica, onde a arte é superior a natureza ou da corrente platônica que discorre que a arte é inferior ao mundo, uma coisa é fato: a arte está por aí.

Alice Ruschel Mochko
99178

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