Rick Sanchez é um personagem da animação americana "Rick e Morty". No universo da série animada, Rick é retratado como um dos seres (se não o mais) inteligente do universo. A genialidade para inventar coisas novas, procurar novas aventuras e sair de emboscadas é genuinamente bem feita. Rick e seu neto Morty nos apresentam um estilo cômico que diverte todo o público que os assiste.
Entretanto, analisando com um olhar mais crítico, Rick parece que está cansado. O ritmo com que acontecem as coisas na vida dele é absurdamente rápido. O jogo de cenas é rápido. O jogo de ações é rápido. A vida de Rick passa rápido. Ele, obviamente, se cansa mais rápido. Tanto que ele, recorrentemente, tem crises existenciais e se sente inútil.
Imagine, em um cenário hipotético, que você (assim como ele) é o ser mais inteligente do universo. No seu tempo livre, você cria máquinas do tempo e visita períodos importantes para a história da humanidade: pirâmides do Egito, templos Maias, Coliseu, Grande Muralha da China, entre outros. Quando se "cansa", resolve visitar multiversos, criar foguetes, máquina que transforma ar em gelo, transmuta metal em ouro, cria uma nova forma de vida, etc... Quando você se cansa, o que fazer agora? Tudo o que você criou, viu, presenciou, se tornou momentaneamente interessante para o seu "eu" no momento. Porém agora, você cansou daquilo.
Não importa o que aconteça, se você é o ser mais ou menos evoluído da sociedade atual, você se cansa. E o que fazer, se eventualmente vamos cansar de tudo?
Rick é só mais um exemplo de que ninguém está a salvo disso. A sensação que temos é, que na nossa sociedade atual, o tempo passa mais rápido. Isso se deve, obviamente, ao intenso fluxo de informações/pessoas/capitais/conhecimentos cada vez surgindo e se dissipando mais rápido. Não importa quem é você, porém, aposto que está cansado. Que tal parar e procrastinar um pouco, da forma correta?
Luiz Gustavo Barbosa
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