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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Bansky e Adorno - Uma concepção de artr

Gabriel Theophilo - 99198

O colorido e o artístico encontraram nas sociedades do século XX e XXI um espaço de extrema importância. Tanto prática quanto conceitual, a arte, a partir de tecnologias cada vez mais avançadas, invadiu espaços antes intocados, de certa maneira, pelo conceito do artístico e do belo. As artes gráficas espalharam cada vez mais o conceito do belo para lugares cada vez mais distantes, e surgiram muitos nomes que criaram obras importantes, que se espalham cada vez mais. Mas, assim como surgem importantes nomes com obras impactantes, há também aqueles que utilizam da arte apenas como instrumento do capitalismo e fazem posteres, cartazes e artes de exposição apenas para publicidade e propaganda, ou seja, segundo Adorno, seriam obras de pouco valor estético.

“os produtos culturais (se é que assim se possa designá-los) veiculados no contexto da sociedade de massa, embora contenham elementos de cultura, não é essa a finalidade ou função que
os constitui. O cerne, isto é, o núcleo que dá sustentação a essa
forma cultural apropriada ideologicamente é a dinâmica consumista
consolidada pelo processo industrial como universo social unidimensionalizado.”

O esteticismo pregado aqui seria aquele da arte que apresenta um impacto na sociedade, seja criando espaços de fala ou, principalmente, instigando os indivíduos á ação. E muitas expressões da arte comercial não expressam nenhum fim além daquele de autopromoção, e são, assim, pobres de significado e relevância estética.
Vimos atualmente exemplos de arte que contagia e provoca um impacto na sociedade, como o artista londrino, cuja alcunha é Banksy e sua identidade real é completamente desconhecida, que faz arte em grafites nas paredes das maiores cidades do mundo. Provoca subversão dos valores e provoca também contraste com a arte capitalista, ou a expressão capitalista da arte pois, além de usar paredes e fazer suas artes em locais de comum acesso, o artista em 2018, logo após vender, por pouco mais de 1 milhão de libras, uma reprodução em quadro de um de seus grafites, supostamente destruiu sua própria obra na frente do seu comprador e da platéia, ligando um triturador de papel que estava acoplado ao quadro.

“A arte deve confortar o perturbado e perturbar o confortável.”

Banksy

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