Liberdade ou autonomia? Aposto que você nunca parou para analisar essas duas palavras num mesmo contexto, certo? Por isso hoje vou te explicar um pouquinho sobre cada um dos dois e te colocar pra pensar.
A liberdade, para Santo Agostinho, é o exercício do livre arbítrio que nos é dado, este que é a capacidade das pessoas determinarem seu próprio destino. Santo Agostinho e Aristóteles discorrem sobre o reino da contingência em que as coisas podem mudar. Não se tem uma lei universal para explicar a realidade, havendo espaço para o caos. Além deles, Sartre diz que os homens nascem presos ao social, mas quando tomam consciência se tornam livres. Entretanto, pode ocorrer situações de “má-fé”, quando o indivíduo assume a liberdade da condição de existência quando isso o favorece, mas quando não convém, o próprio indivíduo transfere sua liberdade a terceiros.
Já a autonomia parte do princípio do determinismo:as pessoas são determinadas à condenação ou à salvação antes mesmo de nascer, porque deus é onisciente, onipresente e onipotente, ou seja, sabe todas as coisas, podendo intervir e fazer um “milagre” da “salvação”. Espinosa e João Calvino são exemplos de filósofos que analisam essa temática, no qual os indivíduos são vistos como sujeitos histórico-culturais - interdependentes entre si. Ainda, Bourdieu compactua com essa linha de raciocínio quando afirma o termo Self Made Man (homens são empreendedores de si mesmos) e que o social precede o indivíduo.
Agora é que são elas: você sabe se está vivendo por liberdade ou por autonomia?
Vinícius M. Sampaio, 93318
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