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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Viveu daquela vez como se fosse sólido

Superestrutura, no conceito mais simples, é uma construção que se sobrepõe a outra. Como em um prédio, o segundo andar está sobreposto ao primeiro. No pensamento Marxista, a superestrutura é um sistema de ideias que constituem o imaginário coletivo; no materialismo, o campo econômico faz esse papel, pois molda a forma de pensar dos indivíduos.

Em uma construção, os materiais utilizados (cimento, tijolos, vigas, etc) representariam o sistema econômico que forma a sociedade, ou seja, o prédio. A forma como essa construção física se constrói, molda o pensar dos indivíduos que viverão inseridos nesse contexto. Se o prédio for construído em frente à praia, com bambus e palmeiras, a consciência das pessoas será de uma forma, mas se for construído no interior, com barro, será de outra. Nas estruturas sociais, as ideologias, a política, a religião tem também o papel fundamental de formar pensamentos.

Segundo Marx, não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência.

Neste prédio, as pessoas do segundo andar são as mais abastadas, com diversos privilégios: área de lazer, varanda e melhor vista. Os indivíduos do primeiro andar não tem acesso ao segundo, a não ser por meio de uma escada enorme. Enquanto os do segundo, tem acesso rápido por elevadores com senhas e leitores de digitais, permitindo acesso exclusivo as áreas de lazer.  A construção, da forma como foi feita e pensada, possuí estratégias dos grupos dominantes para a perpetuação de seus privilégios.

Os indivíduos estão o tempo todo tentando chegar ao segundo andar, sem perceber que a estrutura do prédio foi planejada para que não consigam.

“Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima”

Laís C. F. Fidélis - 99180

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