A interação social chinesa é regida pelo confucionismo, que prevê a honra, dignidade, lealdade e respeito à antiguidade. O sistema filosófico chinês foi criado por Confúcio (孔夫子), antigo pensador influenciado por Lao Tsé e pelo Taoísmo. A moral, a política, a pedagogia e a religião são pilares dessa filosofia, seguida por mais de 5 milhões de pessoas na atualidade. Os "ensinamentos dos sábios", como ficaram conhecidos, fazem parte da cultura da ancestralidade do país, mantendo, desta forma, uma continuidade histórica.
Na animação produzida pela Disney, em 1998, Mulan passa por conflitos morais para trazer honra à sua família. Como mulher ela tem o dever de casar-se e servir a sua família, entretanto, nas primeiras cenas do filme é rejeitada pela casamenteira e desaponta seu pai. Extremamente culpada por não ter atendido a imagem da esposa, Mulan passa por conflitos internos que a fazem refletir sobre seu papel social na sociedade que valoriza a honra.
https://www.youtube.com/watch?v=xYsch28nbT8
No contexto histórico do filme, a China está em guerra contra os Hunos, caracterizando o período dos bárbaros. A personagem principal vê uma possibilidade de lutar por sua honra e trazer glória a sua casa, bem como protegendo a saúde de seu pai. De uma forma nada convencional, Mulan decide buscar reconhecimento em sua sociedade: disfarçada de homem, vai à guerra defender seu país. Após o enredo do filme ser solucionado, Mulan salva a China dos ataques bárbaros e honra sua família como uma guerreira, mesmo não desempenhando o seu papel de esposa.
O filme traz a reflexão sobre as normas morais impostas para as mulheres chinesas e sobre a honra ancestral da China. Na cultura brasileira, a honra familiar não é tão pautada, assim como a ancestralidade, portanto, a cobrança imposta à Mulan é algo que não se enquadra nesta sociedade. Em suma, o conceito de honra é algo relativo a culturas e costumes, como pode-se expor neste exemplo.
Laís C. F. Fidélis - 99180
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