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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Posso descançar um pouco?


Vivemos em uma sociedade que pode ser considerada sem dúvida alguma a sociedade do cansaço. Estamos todos cansados! Mas exatamente de quê? Da vida? De nós mesmos? De fingir ser o que não somos? Não sei responder! Há enorme cobrança sobre o desempenho de cada indivíduo, para se “dar bem na vida”, ser uma pessoa de sucesso, é preciso ter um desempenho invejável. Ser o melhor de todos. Há um excesso de positividade nessa questão, uma positividade que busca ignorar toda e qualquer fraqueza, não é permitido ser fraco nessa sociedade, não é permitido errar. Ao que parece não é permitido ser real, pois todo indivíduo tem as sua limitações, logo, ele é convencido a eliminar toda e qualquer característica que o atrapalhe na busca pelo desempenho. O trabalho, por exemplo, como forma de dignificar o homem, tem se tornado a meta de vida, principalmente do proletariado. Cria-se a ilusão de que com o sucesso profissional garante-se todo o resto, como família perfeita, boa saúde, porque o dinheiro e o status comprará tudo isso, ou como diz parte do ditado, “do resto eu corro atrás”. Além disso, as famosas frases motivacionais do tipo “ Treine enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem…” caracteriza uma sociedade que ignora completamente a valiosidade do ócio, a contemplação, a busca da criatividade natural, tornando-se uma máquina, permanecendo na zona de conforto. Nietzsche em seu livro “Humano, demasiado humano”, de 1878, diz que a vida humana tem seu fim quando são eliminadas todas as formas e meios de contemplação. Dessa forma, será que grande parte da sociedade está morta?  
É quase impossível fugir desse círculo vicioso do cansaço, quem não se arrisca para atender as exigências da sociedade pós-moderna, acaba sendo excluído e substituído, por alguém, que aparentemente está apto a sobreviver e suportar toda essa perversidade. Daí surgem diversas complicações na saúde física, e mental como transtorno de ansiedade, depressão e em casos mais graves, o suicídio.



Talita Rocha  99201

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