A sociedade da transparência
que emerge com o surgimento das tecnologias, de acordo com Byung-chul Han, é privada
de negatividade e marcada pela busca de atenção entre outras características.
Dessa forma, as pessoas dessa sociedade se expõem a todo momento,
principalmente no meio virtual, buscando passar a ideia de uma vida perfeita,
cheia de positividade. Porém, no meio de tanta informação, tanta “pornografia” no
sentido de tudo estar tão exposto as pessoas acabam ficando perdidas, vazias e
facilmente controláveis.
Ao pensar em sociedade da transparência, é impossível não
lembrar da série Black Mirror, principalmente do episódio “Queda livre” que nos
apresenta um mundo “perfeito”, em que as pessoas são julgadas de acordo com sua
popularidade em um aplicativo muito semelhante ao Instagram. Por causa disso,
os habitantes deste mundo devem se comportar de acordo com as regras, ser gentis
e fingir ser “perfeitos” para ter uma imagem boa. Da mesma forma, na nossa
realidade muitas pessoas usam e abusam dos filtros nas redes sociais para expor
a melhor imagem de si, compartilhando somente momentos felizes. Porém, no mundo
virtual é consideravelmente fácil manter sua imagem, mas ter que se comportar
assim na vida real como acontece no episódio, é impossível!
Queda livre, assim como a sociedade da transparência, nos
colocam em um teatro, onde tudo é aparentemente perfeito, mas ninguém é feliz
na realidade, até porque é impossível ser feliz o tempo todo e adorar a todos.
Autora: Laura Fernandes de Souza.
Matrícula: 99190
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