O filme DUFF e Identidade
Dirigido por Ari Sandel, o filme DUFF
(2015) discorre sobre a história da adolescente Bianca (Mae Whitman), uma jovem
inteligente que tenta se conformar com os padrões sociais de beleza. A reviravolta
da trama é quando Bianca descobre que foi escolhida por suas amigas Jess
(Skyler Sumuels) e Casey (Bianca Santos) como DUFF (Designated Ygly Fat
Friend), isto é, uma amiga designada para ser feia e gorda. Inconformada com isso,
ela pede ajuda para seu amigo de infância Wesley (Robbie Amell) para ajudar com
seu visual.
Sabemos que a nossa identidade é
conferida pelo olhar do outro. Segundo o sociólogo francês Claude Dubar, a
identidade é como um processo de socialização que compreende o cruzamento dos
processos relacionais e biográficos. A identidade para si é correlata à
identidade para o outro. Sendo assim, nossa identidade é a todo momento moldado
aos olhos de outrem. Seja pelo nosso vestuário, nossa cultura, nossos gostos ou
até mesmo pela nossa sexualidade.
No caso de Bianca, por suas
roupas largas e seu jeito estudioso de ser, uma rápida classificação de nerd e
logo mais em comparação com outras meninas de sua idade, é vista como gorda ou
feia pelo seu jeito singular de ser. É lhe incorporada uma identidade de acordo
com o meio social em que está inserida, nesse caso, o ambiente colegial que por
hora é assolado de estereótipos, principalmente construídos pelo meio de se
vestir.
No entanto, isso pode ser
problemático, uma vez que nem todos podem seguir essa regra. Exemplo clássico é
em relação às pessoas que fazem cursos de humanas, frequentemente listados como
“bichos grilos”, isto é, pessoas que fumam maconha ou usam alguma vestimenta
mais descontraída. Contudo, nem sempre pessoas que cursam humanas seguem isso e,
portanto, não se encaixam nessa identidade e muito menos nessa opinião que
acaba se tornando em um estereótipo.
Uma parte marcante no filme é
quando em sua formatura, Bianca diz: “Devemos ser fiéis à nossa própria
identidade”, ou seja, nos aceitar como somos. De certa forma, devemos
conservar nossa essência para assim não ter conflito de identidades, assim como
ressaltado por Dubar em seus estudos quando ele estudou a sociedade francesa em
1960 que rapidamente mudara de um sociedade vertical e genealógica para uma
sociedade horizontal e cidadã.
Nome: Alice Ruschel Mochko
Matrícula: 99178
Matrícula: 99178
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