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domingo, 15 de setembro de 2019

O filme DUFF e Identidade


O filme DUFF e Identidade



Dirigido por Ari Sandel, o filme DUFF (2015) discorre sobre a história da adolescente Bianca (Mae Whitman), uma jovem inteligente que tenta se conformar com os padrões sociais de beleza. A reviravolta da trama é quando Bianca descobre que foi escolhida por suas amigas Jess (Skyler Sumuels) e Casey (Bianca Santos) como DUFF (Designated Ygly Fat Friend), isto é, uma amiga designada para ser feia e gorda. Inconformada com isso, ela pede ajuda para seu amigo de infância Wesley (Robbie Amell) para ajudar com seu visual.
Sabemos que a nossa identidade é conferida pelo olhar do outro. Segundo o sociólogo francês Claude Dubar, a identidade é como um processo de socialização que compreende o cruzamento dos processos relacionais e biográficos. A identidade para si é correlata à identidade para o outro. Sendo assim, nossa identidade é a todo momento moldado aos olhos de outrem. Seja pelo nosso vestuário, nossa cultura, nossos gostos ou até mesmo pela nossa sexualidade.
No caso de Bianca, por suas roupas largas e seu jeito estudioso de ser, uma rápida classificação de nerd e logo mais em comparação com outras meninas de sua idade, é vista como gorda ou feia pelo seu jeito singular de ser. É lhe incorporada uma identidade de acordo com o meio social em que está inserida, nesse caso, o ambiente colegial que por hora é assolado de estereótipos, principalmente construídos pelo meio de se vestir.
No entanto, isso pode ser problemático, uma vez que nem todos podem seguir essa regra. Exemplo clássico é em relação às pessoas que fazem cursos de humanas, frequentemente listados como “bichos grilos”, isto é, pessoas que fumam maconha ou usam alguma vestimenta mais descontraída. Contudo, nem sempre pessoas que cursam humanas seguem isso e, portanto, não se encaixam nessa identidade e muito menos nessa opinião que acaba se tornando em um estereótipo.
Uma parte marcante no filme é quando em sua formatura, Bianca diz: “Devemos ser fiéis à nossa própria identidade”, ou seja, nos aceitar como somos. De certa forma, devemos conservar nossa essência para assim não ter conflito de identidades, assim como ressaltado por Dubar em seus estudos quando ele estudou a sociedade francesa em 1960 que rapidamente mudara de um sociedade vertical e genealógica para uma sociedade horizontal e cidadã.


Nome: Alice Ruschel Mochko
Matrícula: 99178

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