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A espiral do silêncio é uma teoria formada pela cientista política Alemã Elisabeth Noelle-Neumann, na qual ela explica a relutância de um indivíduo em expressar determinada opinião com medo do que os outros pensarão a respeito disso. Tal teoria leva em consideração um fator indispensável, o medo do isolamento social, que pode ser causado pela diminuição da interação social, ou por níveis menores de aceitação de determinado grupo sobre um indivíduo.
Para exemplificar melhor o que Elisabeth quis dizer na década de 1970, é possível citar o atual cenário político em que vivemos. Atualmente, a rejeição do atual presidente Jair Bolsonaro é de cerca de 43% segundo o Datafolha, no entanto, tais posições contrárias não eram vistas durante o período eleitoral no ano passado.
Tal fato pode ser explicado pela simples razão de que pessoas que eram contrárias em outubro do ano passado, escondia suas opiniões para não serem julgadas e agredidas (verbalmente/fisicamente) por eleitores contrários, e serem excluídas do grupo social em que estavam inclusas. Hoje, por outro lado, estas mesmas pessoas que se escondiam passam a perceber a grande rejeição existente em diversos outros grupos sociais e se encorajam para fazer o mesmo.
Outro exemplo de isolamento social pode ser observado dentro da própria família. Se certo indivíduo é membro de uma família em que o candidato "x" é plenamente apoiado e o candidato "y" é altamente renegado, é de sua natureza esconder seus gostos (caso sejam contrários) para que não sofram este referido isolamento e renegação dentro de sua própria residência.
O fato é que é da natureza humana "aceitar" a opinião da maioria quando há determinado conflito de ideias para que sua integridade dentro de determinado grupo permaneça intacta. O medo do isolamento social age como anticorpos sociais para o ser humano quando se sente ameaçado de perder seu posto num grupo de amigos, por exemplos, e continuará assim em diversos outros assuntos do cotidiano das pessoas.
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