A obra americana “Tempos Modernos”, protagonizada por Charlie Chaplin, não é uma novidade para o público. O filme é bastante comentado quanto à exemplificação de um contexto de Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX. Mas, o que trago hoje é uma perspectiva um pouco diferente. Por intermédio de uma análise do personagem, cabe relacionar seu modo de vida com o conceito de “Sociedade do Cansaço” de Byung-Chul Han.
Bem, antes de qualquer coisa, cabe decifrar o que seria essa sociedade ditada por Han, para que assim, o filme possa se encarregar do sentido que ela exerce sobre ele. Para isso, é necessário deixar bem claro que a Sociedade do cansaço se divide em: Sociedade Disciplinar e Sociedade do Desempenho.
Mas, do que se trata esses tópicos? E no que eles poderiam se relacionar com a obra citada?
O filme expõe seu foco na Sociedade Disciplinar, isso porque no decorrer da trama, o personagem Chaplin se vê em uma linha de montagem sem fim, sendo obrigado a trabalhar em uma mesma função todos os dias em prol de seu sustento. Há momentos em que o personagem pode ser visto como uma máquina, já que ele exerce uma atividade só em todo seu expediente. Tudo isso, faz com que o personagem fique alienado e até mesmo louco. O sistema acaba por controlá-lo e isso é gera uma marcação pela negatividade.
Em contramão, no século XXI isso é diferente, já que nele é representada a Sociedade do Desempenho. As pessoas não mais são proibidas de desempenhar funções diferentes, porém, a busca por algo melhor e mais beneficiente acaba por torná-las refém do seu sucesso e até mesmo, fracassadas. Isso acontece porque em uma marcação positiva, as pessoas se sentem pressionadas a querer algo superior ao que já possui, e termina por não valorizar o seu presente estado, o que pode gerar a depressão por se sentir mal ao não atingir um objetivo que anteriormente nem existia.
O filme expõe seu foco na Sociedade Disciplinar, isso porque no decorrer da trama, o personagem Chaplin se vê em uma linha de montagem sem fim, sendo obrigado a trabalhar em uma mesma função todos os dias em prol de seu sustento. Há momentos em que o personagem pode ser visto como uma máquina, já que ele exerce uma atividade só em todo seu expediente. Tudo isso, faz com que o personagem fique alienado e até mesmo louco. O sistema acaba por controlá-lo e isso é gera uma marcação pela negatividade.
Em contramão, no século XXI isso é diferente, já que nele é representada a Sociedade do Desempenho. As pessoas não mais são proibidas de desempenhar funções diferentes, porém, a busca por algo melhor e mais beneficiente acaba por torná-las refém do seu sucesso e até mesmo, fracassadas. Isso acontece porque em uma marcação positiva, as pessoas se sentem pressionadas a querer algo superior ao que já possui, e termina por não valorizar o seu presente estado, o que pode gerar a depressão por se sentir mal ao não atingir um objetivo que anteriormente nem existia.
Acontece que a sociedade atual se tornou uma sociedade do tédio, e as pessoas se tornaram presas em si mesmo, sempre querendo mais e nunca chegando a um consenso final, o que gera a frustração. Nenhuma das duas sociedades são perfeitas, mas juntas formando a Sociedade do Cansaço, só demonstra o quanto as pessoas se tornaram superficiais e cada vez mais cansadas por serem reféns tanto do Estado quanto de si mesmas.
Assista ao trailer do filme que demonstra bem a ideia de controle/alienação da época dentro do conceito de Sociedade Disciplinar:
Assista ao trailer do filme que demonstra bem a ideia de controle/alienação da época dentro do conceito de Sociedade Disciplinar:
Isabelle de Oliveira
Matrícula: 99200
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