Clipe legendado da música Chained To The Rhythm da Katy Perry. Às imagens do clipe estão cortadas,
acredito que para evitar direitos autorais.
"Chained
to the Rhythm" (“Acorrentados ao ritmo” em tradução livre) é uma música da
cantora estadunidense Katy Perry, contida em seu álbum Witness (2017) e que conta
com a participação do cantor jamaicano Skip Marley.
Por trás de
sua batida contagiante e de seu clipe colorido, a canção traz em sua letra uma
imensa reflexão sobre o nosso livre-arbítrio. Katy explicita que temos vivido
em uma bolha, sem realmente enxergar o mundo à nossa volta, mas apenas seguindo
todos o mesmo ritmo, rumo a um mesmo destino. Ela ainda questiona se estamos ficando
loucos ao ponto de nos iludirmos realmente pensando que somos livres.
Ao contrário
do que é difundido, liberdade e autonomia, não são sinônimos, mas sim, coisas
completamente opostas. Enquanto a
teoria da liberdade prega que somos donos do nosso livre-arbítrio, capazes de transformar
nosso destino, a teoria da autonomia vai de encontro à música de Katy, dizendo
que somos sujeitos histórico-culturais, interdependentes e irracionais, incapazes de mudar o futuro, pois tudo que acontece está predestinado.
Apesar de
parecer seguir, em sua maioria, pelas ideias da autonomia, em certos versos “Chained
to the Rhythm” dá a entender que, apesar de estarmos acorrentados, podemos tomar consciência do mundo à nossa volta e assim, enfim, sermos livres. Ou seja, ela se afasta da teoria da autonomia e migra para o campo da
liberdade de Sartre, que afirma que quando o homem exercita a consciência, ele
age, e ao agir, consequentemente, desperta em si o sentimento de existência,
criando sua essência
e se tornando livre do social.
Apesar de
migrar entre duas ideias opostas, a canção de Katy Perry é muito bem pensada e
foi criada não apenas como uma crítica ao sistema em que vivemos, mas
principalmente como uma crítica ao atual governo dos EUA e às decisões do
presidente Donald Trump.
Texto por: Maianna Medeiros
Matrícula: 99188
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