Possibilidades de escolha, Stefan aceitar ou recusar o que foi proposto. |
Black Mirror Bandersnatch é um filme interativo com duração aproximada de 90 minutos e que foi produzido por David Slade. O filme trata da história de um garoto que pretende transformar um livro em filme, mas esse processo acaba o pertubando.
A análise que faremos aqui, no entanto, não se trata da história da obra, mas sim, de como sua composição é feita. Dando espaço a uma interação com o espectador, o longa permite que quem o assiste possa escolher as ações que serão realizadas pelos personagens da trama, traçando assim diversos caminhos para que ele possa seguir.
Essa possibilidade de escolha, deixa o espectador com a percepção de que ele é livre para escolher o que acontecerá com o personagem, como se ele pudesse ditar o destino do mesmo através de apenas um clique em um botão.
No entanto, essa é percepção é claramente ilusória, visto que o filme conta com cinco finais possíveis para Stefan, o personagem da trama. Além disso, por meio de alguns gatilhos, pode ser que esses cinco finais sejam ultrapassados por muitos outros, criando assim uma teia imensa de possibilidades.
Mas a questão é: O espectador é mesmo LIVRE para estabelecer essas escolhas?
A resposta é “Não”.
Com finais pré-estabelecidos pelo diretor, o indivíduo não se torna menos que um canal que permite chegar até eles. As escolhas alteram o final mas não os impedem de seguir uma definição já programada por alguém. Então, o que se pode concluir é que nesse caso, o indivíduo possui uma certa AUTONOMIA, e não liberdade, já que todas suas escolhas resultam em um plano já estabelecido, ainda que ele seja variável.
Caso haja interesse em assistir o filme, veja a seguir um trailer:
Isabelle de Oliveira
Matrícula: 99200
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