Em 2013, uma pesquisa realizada pelo Ibope demonstrou que
98% dos brasileiros se sentem cansados mental e fisicamente. Os jovens de 20 a
29 anos representam a maior fatia dos exaustos.
De acordo com Byung-chul Han, as pessoas na sociedade têm se
tornado cada vez mais exaustas. Isso ocorre por causa do positivismo exagerado,
pois as pessoas são positivistas e acreditam que todas as metas são alcançáveis
e cada vez mais trabalham para alcança-las, nunca estando realmente
satisfeitas. O excesso de positividade cria a chamada Sociedade do Desempenho,
que origina uma produtividade interminável, culminando a Sociedade do Cansaço.
“A sociedade do cansaço surge da união de todos esses
fatores em algo que Han apelida de “infarto da alma”. Nesse cenário, o cansaço
se manifesta coletivamente, mas de maneira solitária em cada indivíduo. O autor
cita o escritor austríaco Peter Handke, que no livro “Ensaio sobre o cansaço”
apresenta a ideia de uma fadiga extrema dividida entre as pessoas, cada uma com
o seu próprio grau de esgotamento. Han define esse cansaço como um “cansaço da
potência positiva, que incapacita de fazer qualquer coisa”. É uma fadiga
surgida do excesso de desempenho e produtividade que, por sua vez, tira do
indivíduo a capacidade de fazer novas coisas. ”
O indivíduo se torna fatigado mentalmente e fisicamente, culminando
várias patologias mentais, tornando o indivíduo instável e com tendências a não
se sentir satisfeito fazendo nada. As pessoas não têm mais brecha para ter
tempo e se conhecer, pois já nascemos numa sociedade que demanda muito trabalho
e avanço rápido.
Referências Bibliográficas: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/08/27/Por-que-vivemos-na-sociedade-do-cansa%C3%A7o-segundo-este-fil%C3%B3sofo
Robert Rodrigues
99206
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