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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Honra que se lava com sangue


140 crianças foram mortas em um único ritual. Cientistas acreditam que sacrifícios
foram realizados para conter as chuvas torrenciais provocadas pelo fenômeno El Niño.

Apesar de hoje despertarem o repúdio da maioria das pessoas, os sacrifícios humanos faziam parte da vida das mais diversas sociedades e eram realizados para alcançar os mais diferentes fins.

Viver para agradar uma divindade não é algo fácil e, por isso, vez ou outra populações inteiras acreditavam estar sendo castigadas pelo que fizeram (ou até mesmo pelo que não fizeram). Diante do extremo poder de um deus, só uma coisa era capaz de trazer de volta a honra de um povo e fazê-lo puro, novamente, aos olhos de sua deidade: o sacrifício.

Na maioria dos casos, esses sacrifícios eram feitos com animais e colheitas. Entretanto, mas em algumas ocasiões, apenas o sangue de um ou vários indivíduos do grupo era capaz de lavar a vergonha de um povo.

Ao contrário do que pensa o popular, honestidade não vem de ser verdadeiro, e sim de preservar sua reputação à fim de manter também intacta a reputação do grupo ao que você faz parte. Ou seja, quando quebrada a honestidade de algum indivíduo (o que podia ser facilmente identificado como “pecado” nas sociedades antigas) todo o grupo ao qual ele pertence tem sua honra afetada. O errante é uma mancha na história do todo. Assim sendo, apenas a morte desse transgressor (ou quando não se sabe a quem culpar, a morte de vários inocentes) é capaz de apagar essa mancha.

Logo, oferecer sua própria vida inocente (ou a de um familiar) para limpar a imagem do grupo ao qual você se identifica, apesar de assustador, era um ato de coragem e grandeza. Simplesmente o seu sangue, pelo sangue de todos.


Texto por: Maianna Medeiros
Matrícula: 99188

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