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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

A dor de não pensar, de pensar e não falar e afinal de contas: você crucificaria Jesus?


A espiral do silencio nos aponta pra capacidade de parar de falar do que se pensa, por ser uma opinião desconfortável ao público. Se deve-se crucificar um inocente na opinião da maioria, então pega mal perguntar afinal de contas por que faríamos isso.  Somos bem teatrais, certamente. Nossa identidade se molda as vezes nos próprios esteriótipos que criamos e se os odiamos, nos envolvemos com esteriótipos de contra cultura. Não há pra onde correr, mas há sempre a necessidade de esconder. As vezes não é por falsidade, simplesmente não sabemos quem somos. Como representar com verdade o que pra mim soa confuso e sem sentido claro? Quando falamos sobre sociedade do cansaço, falamos sobre sentido de vida. Existir pra que? Por quem? Vale a pena? Existe a famosa ‘resposta’? Se não temos sentido, então é difícil definirmos a nós mesmos. Nossa construção de identidade passa muito pelo processo de sentido e é extremamente simples perceber isso. Nos calamos diante da imensidão do conhecimento do mundo, das opiniões alheias, das imperfeições da alma, da incapacidade de expressar. A linguagem é ferramenta, mas não é perfeita (ah, como amo os poetas e escritores que fazem seu melhor em expressar o inexprimível!). Se por um lado somos calados, por outros somos empurrados a uma multidão de opiniões e nunca podemos não pensar alguma coisa sobre algo. O ego exige de mim inteligência extrema, operação constante, pensar pensar pensar e dizer exprimir falar contar aaaaaa. Se falarmos demais talvez não pensemos tanto. Exige certo auto controle não expor tudo e calar-se. O silencio então as  vezes é nossa maior covardia e testemunha contra nós. Outras vezes, entretanto, é nosso grito mais esperto e mais sábio, gentil, elegante. O valor humano. O valor da alma na discrição.
Cabe aqui aplicar um exemplo. Então pense na crucificação de Cristo, como dito acima. Pense o que você pensaria se o visse pendurado. Você consegue ver com clareza o motivo de ele estar ali? Faz sentido? Você também gritaria “crucifique-o”? Você se calaria? Seria esperto? Seria justo se calar? Mas talvez você nem chegasse a pensar coisa alguma. Talvez você se cale sem saber por que e grite sem saber a quem.
E se falamos sobre o valor da alma não é um passo muito distante pensar também no que significa modéstia. A modéstia é exatamente a beleza da discrição. Se relaciona de certa forma à honra e estabelece à sedução ao privado e atribui valor ao sensual, não ao pornográfico.
Enfim. Reflexões pseudo filosóficas feitas sem nenhum café.

Kedma Julia 99174

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