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segunda-feira, 2 de setembro de 2019

''Jesus seria emo''





Imagem retirada do filme

Há fases da vida em que nos vemos em conflito sobre quem somos e sobre nossa personalidade, principalmente quando jovens ou adolescentes, onde esses questionamentos são ainda mais intensos e urgentes.  Emo – O musical, conta a história de Ethan, que acaba de se mudar para uma nova escola  e vê a si mesmo numa busca por se encaixar. Como o nome do filme já diz, ele se identifica como ‘’emo’’, personalidade caracterizada pelo uso de roupas pretas, maquiagem nos olhos e uma realidade de sofrimento e rejeição pelo mundo. Ethan se encaixa nesses quesitos, e com talento para a música, tem como objetivo principal se juntar a banda de rock da escola chamada ‘’Worst day ever’’. Ele inclusive, adquire sua reputação e respeito em meio ao grupo de emos e da escola em geral por uma suposta tentativa de suicídio no pátio de seu antigo colégio.

Mas o que Ethan não contava é que acabaria se apaixonando por Trinity, conhecida por ser uma fiel adoradora de Jesus Cristo e de integrar a banda cristã da escola. 







Imagens retiradas do filme.
Em um primeiro momento, quando não resistem mais a paixão que sentem um pelo outro, ambos concordam em se verem apenas escondido, pois nenhum deles é capaz de lidar com o que acarretaria em suas vidas caso toda a escola soubesse que estão saindo com alguém que representa todo o oposto daquilo que eles e os respectivos grupos de que fazem parte acreditam. Tanto Ethan quanto Trinity,  acreditam, no fundo, que possa existir um relacionamento entre um emo e uma religiosa, mas ambos preferem se calar a ir. Esse fenômeno é conhecido como Espiral do Silêncio, se encaixando na teoria do ‘’the big stick’’ dos filósofos E. Katz e P. Lazarsfeld, na qual um indivíduo deixa de manifestar sua opinião por essa ser diferente das demais.
Ethan e Trinity, que com medo de não serem mais aceitos por seus respectivos grupos, preferem se calar pelo medo do isolamento opinativo, mas em seus íntimos, continuam pensando da mesma forma, ainda que no dia-a-dia ajam de forma que dê a entender o contrário.
Por mais que acreditem fielmente em alguma coisa, é mais comum do que possamos imaginar, pessoas negarem ou omitirem suas reais opiniões quando essas não vão de acordo com a da maioria, isso reflete o medo que tem de serem julgadas, e essas só terão suas crenças validadas quando então colocadas em conflito.

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