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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

A morte da liberdade é pela palavra


“Depois do 11 de setembro, a então assessora de segurança nacional Condoleezza Rice e o vice-presidente chinês cunharam uma nova expressão: os Estados Unidos estavam agora em “pé de guerra”. Aparentemente era uma escolha casual de palavras, mas se você pensasse no assunto era também uma espécie estranha de escolha de palavras já que os Estados Unidos não estavam de fato em guerra. O que é “pé de guerra”? Líderes nazistas explicaram depois do incêndio de Reichstag que a Alemanha que não estava de fato em guerra estaria a partir de então em permanente kriegsfusz- literalmente, “pé de guerra”.

A Casa Branca anunciou em 2002 que haviam “células dormentes” de terroristas espalhados país afora. Uma “célula dormente”, como a imprensa explicou era um grupo de terroristas que se infiltraram na vida diária americana esperando talvez durante anos o sinal para agir causar destruição. A FBI teria localizado uma célula dormente em Lodi, na Califórnia. Depois que o informante foi pago com centenas de milhares de dólares para espionar os muçulmanos da cidade, o FBI deteve dois homens. Os dois disseram ter confirmado a existência de uma célula dormente que na verdade não existia só para interromper uma sequência de interrogatórios apavorantes. [...]A expressão célula dormente penetrou profundamente no inconsciente dos Estados Unidos tornando-se tema de um filme feito para TV.”

É assim que o livro O fim da América apresenta o poder dos discursos, que nunca são jogados ao acaso.  A palavra tem poder de penetração e tem levado, durante toda a história do mundo, a certas posições sociais. É assim que se constrói um governo totalitário, seja ele de qualquer vertente. Com o poder das palavras (e de algum poder militar).


Kedma Julia 99174

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