Em cada indivíduo existe uma veemente luta para manter a honra e a aparência de pessoa benfeitora, justa e correta perante a sociedade, ou seja quer ser honrado pelo que é, pelo que faz, quem sabe, por algo que um dia virá a fazer. Mas de qualquer forma, esse é um fator que pode não ser um desejo natural do indivíduo, mas uma mera imposição da sociedade. Desse modo, ao obedecer tal “ordem”, o indivíduo passa a ser digno de gozo. Entretanto, quando este não age de acordo com o que todos esperam, ou seja, agindo com desonra para si e para os outros, sofre duras críticas e avaliações. Percebe-se que a honra pode ser considerada como um sinônimo de dignidade, pois quem possui ambas, possui também o respeito que muitas vezes as procede.
Se temos controle sobre isso, temos o poder em mãos, ou seja, podemos fazer o que desejamos a partir desse controle. Isso pode trazer sérias consequências, Vê-se exemplos de desonra em algumas culturas orientais, onde pessoas que não possuem boa reputação, são violentamente julgadas, práticas antigas, mas que ainda perduram nos dias atuais.
Além disso, esses julgamentos ocorrem também, na sociedade ocidental quando a opinião pública interfere em uma ação que seria de responsabilidade de um poder maior, como o Estado, fazendo assim, justiça com as próprias mãos, sem fundamento algum sobre o que é verídico ou não, através de linchamentos em praça pública.
Existem também, os códigos de condutas em diversas instituições, exemplo delas são as faculdades, os mesmos apontam ao indivíduo os zelos que ele deve ter com a sua honra, que se ferida, consequentemente, atingirá os pilares da instituição, ou seja, afetando todo um coletivo. Ou seja, a imagem que a sociedade terá dessa instituição refletirá a imagem de cada pessoa que a forma. Dessa forma, quanto melhor forem bem vistos os indivíduos ligados a ela, maior crédito e melhor reputação terá essa instituição perante a sociedade.
Muitas vezes, o cuidado com a honra parte somente do anseio do indivíduo em obter o respeito de todos. Com isso, as atitudes e comportamentos do indivíduo são falsas e apenas de fachada, ou seja, ele deixa transparecer a imagem que mais lhe parece própria para conseguir o que deseja, a apreciação e admiração das demais pessoas. De acordo com Arthur Schopenhauer “honra é consciência externa e consciência é a honra interna” com isso, pode ser que o indivíduo veja isso como uma necessidade, portanto, se ele não quer ser uma pessoa verdadeiramente honrada, verá a necessidade de aparentar ser alguém digno de honras, assim, sua consciência externa será vista como impecável, mas sua consciência interna o acusará, tratando-se da honra subjetiva.
Matrícula: 99201
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