O termo Indústria Cultural foi criado pelos filósofos e sociólogos alemães: Theodor Adorno e Max Horkheimer. Eles foram importantes pensadores da Escola de Frankfurt e a partir do livro Dialética do Esclarecimento (1944) eles propuseram que a cultura deveria gerar a ampliação do pensamento crítico. Porém, na modernidade, com a incorporação dos vários tipos de cultura pela indústria cultural eles observaram que a música, os filmes, os demais tipos de arte perderam a fruição e epifania (sentimento de encantamento diante de determinada arte). Ademais, na visão deles a cultura começou a ser utilizada como forma de gerar lucro e alienar as massas.
Contudo, acredito que a visão dos frankfurtianos é, de certa forma, elitista ao desconsiderar que não é só a cultura erudita que pode despertar o senso crítico e que existem culturas populares que também fazem crítica social. Além disso, ao ressaltarem que a massa ficaria alienada ao consumir produtos da indústria cultural, fica subentendido que os consumidores não são sujeitos capazes de distinguir a miséria cultural a que estão submetidos.
No meio musical, por exemplo, observa-se o sertanejo universitário como um dos principais produtos dessa indústria cultural. No entanto, não é só porque a pessoa escuta esse gênero que ela está alienada. Eu, particularmente, escuto desde “Infiel” da Marília Mendonça até “Cálice” do Chico Buarque e reconheço que a última me proporciona uma reflexão muito maior do que a primeira, mas não é por isso que vou deixar de curtir a sofrência. É claro, também, que cada pessoa tem sua própria bagagem cultural, umas são mais privilegiadas que as outras e, por isso, acredito na necessidade da democratização da cultura. Dessa forma, reconheço a importância da difusão de músicas que fazem crítica histórica e social, mas reconheço que a canção popular também deve ser valorizada. Nesse sentido, é importante pensar que democratizar a cultura não é impor a europeia e erudita, mas sim valorizar e dar visibilidade também para culturas populares. Sendo assim, creio que ao conhecermos e respeitarmos as variadas culturas existentes, jamais seremos alienados.
Aluna: Laura Fernandes de Souza.
Matrícula: 99190
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