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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Presos pela liberdade

“Os frequentadores do panóptico digital colaboram ativamente e de forma pessoal em sua edificação e manutenção, expondo-se e desnudando a si mesmos, expondo-se ao mercado panóptico.”

Assim podemos entender a forma como cada um de nós contribui para nosso próprio monitoramento e vigilância na sociedade da transparência, termo cunhado por Byung-Chul Han para caracterizar a sociedade moderna na qual vivemos.
 Atualmente o país que mais acessa redes sociais de acordo com pesquisa da Comscore, 88% da população brasileira acessa redes como YouTube, Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, Linkedin e Pinterest. A partir desse panorama podemos refletir sobre como as novas mídias e como as usamos nos influenciam. 
Teorizado pelo filósofo e jurista Jeremy Bentham, o panóptico de Bentham seria um presídio perfeito. Consistindo de um prédio em formato de anel e com uma torre central, que teria visão para todas as celas, esse projeto teria sido desenhado para garanti a vigilância perfeita de todos os contidos na prisão. 
Ao nos questionarmos sobre a forma como utilizamos as redes sociais e como elas moldam nossas realidades, podemos supor que estamos em um presídio quase tão perfeito quanto o de Bentham. Pautada na liberdade, a internet promete infinitas possibilidades de se expor, comunicar e alcance, porém sem revelar os possíveis malefícios de toda essa liberdade. Em meio à onda de hiper informação que nos acomete nos perdemos acreditando estarmos escondidos em meio ao caos informacional, enquanto estamos sendo constantemente monitorados.

Davi Pinho, 88986

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