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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Idolatria de imagens para Flusser






A obra mais conhecida de Flusser, que é um filósofo checo, é a Filosofia da Caixa Preta. Nesta obra ele busca explicar a fotografia. Para isso, é importante pensar que desde os primórdios os humanos utilizam de imagens para se comunicarem. Anos mais tarde criaram a escrita, que a partir de símbolos representavam a realidade. E atualmente temos a imagem técnica, produzidas por aparelhos tecnológicos. Sendo assim, é notório que sempre buscamos representar aquilo que vemos seja a partir das imagens, a partir de palavras ou de imagens técnicas.
Porém, o que Flusser busca problematizar é a ideia da idolatria da imagem, visto que existe a crença de que as imagens sempre transmitem a verdade, ainda mais atualmente com as imagens técnicas essa idolatria é ainda mais pertinente. De acordo com Flusser, o homem não pode ter acesso imediato ao mundo e, desse modo, cria imagens para representar a realidade, mas, o problema é esta questão da idolatria das imagens.

“Ao invés de se servir das imagens em função do mundo, passa a viver em função de imagens”. (FLUSSER, 1983)

No entanto, com o surgimento das imagens técnicas há uma problemática ainda maior, tendo em vista que as imagens tradicionais, como as pinturas rupestres antecedem o texto, mas as imagens técnicas sucedem os textos. Dessa forma, ao observar uma pintura da realidade e uma fotografia as pessoas tendem a pensar que a fotografia representa a realidade exatamente como ela é. Já a pintura não tem o mesmo poder. Sendo assim, fica claro a volta dessa idolatria de imagens, as pessoas acreditam cada vez mais que se algo foi registrado por uma câmera este registro representa fielmente a realidade.

Mas Flusser ressalta que as imagens não podem representar a realidade diante do fato de que por trás dessa pintura ou fotografia há um pintor, um fotógrafo que pode manipular essa imagem. Porém o fotógrafo não conhece a câmera completamente. Apesar de que ele tenta desvendar o aparelho a todo momento, há uma caixa preta por detrás deste aparelho que carrega conceitos que vão além da compreensão humana.  Nesse sentido, mesmo que o momento congelado pela câmera não represente todo o contexto, mesmo que não possamos compreender a caixa preta destes aparelhos somos movidos por eles, estamos dentro deles e creditamos nossa confiança neles. 


Aluna: Laura Fernandes de Souza 
Matrícula: 99190

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