A verdade liberta cavalos marinhos

Então, ele chega em casa e encontra sua parceira encostada em um coral. Logo, percebe a angústia que preenchia aquele pequeno ambiente aquático. A água estava tão densa de tanta tensão.

-Olá, querida. - diz o cavalo marinho.

-Querido, precisamos conversar. -Diz a parceira, com um tom pesado na voz.

-Oh, sobre o que quer falar?

-Tenho que lhe contar sobre uma coisa. -Diz a cavalo marinho fêmea.

Por mais que ele já soubesse do que se tratava, deu um suspiro e olhou com apreço pra sua senhora.

-Então Jorge, eu não gosto de carrosséis, me desculpa. -Diz Eliana, a cavalo marinho.

-Eu já sabia... Mas pelo menos você aprendeu o que eu lhe disse quando começamos nosso relacionamento: a verdade liberta.

Eliana então olha com um olhar de esperança e pergunta:

-Então, você me perdoa?

Jorge suspira e, lentamente, fala pra Eliana:

-A verdade liberta, e ela me libertou desse relacionamento impuro. Não posso continuar com você se não gostas de carrosséis. Desculpe, mas adeus.

Jorge se retira do coral, triste, mas libertado pela verdade...

Luiz Gustavo Barbosa

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