A ideia de identificação com o que é consumido
tende a oferecer determinado conforto e bem estar as pessoas no geral. O
problema é que, historicamente, o que sempre foi representado nos anúncios dos
grandes nomes e marcas da sociedade capitalista é um padrão que não da voz a
maioria, mas que, sendo imposto de forma massiva, acaba oprimindo as mais
diversas formas de ser que fogem do que é mostrado.
A venda de produtos sempre recorreu ao visual do que é
"bonito" para se divulgar. Marcas de lingeries, biquínis, roupas,
calçados, sempre apelaram para modelos magras, brancas, altas e com uma classe
indiscutível. A questão é: quem consome esses produtos?
A teoria do reconhecimento afirma que o ser humano tende a buscar por respeito e aceitação no meio em que vive, logo, a imposição de padrões através da venda desse ideal de beleza acaba por ocasionar a busca pelo que é mostrado. Mulheres negras, corpos que não obedecem o padrão das curvas mostradas, pessoas deficientes, dentre demais diferenças físicas, sendo ignoradas de forma recorrente, acabam por desenvolver a ideia de que não possuem beleza.
A marca dirigida pela cantora Rihanna, nomeada Fenty, tem obtido destaque na inserção de modelos com foco na inclusão. O emprego de modelos plus-size, negros, deficientes, tendem a desconstruir esse padrão de beleza construído ao longo da história e demonstrar que as pessoas tem o direito de ter suas diferenças representadas como sinônimo de algo bonito.
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