O
surgimento de uma nova tecnologia é sempre uma alegria, algo inovador,
inigualável, até mesmo, místico. Com as televisões não foi diferente. Aquela
caixa preta que trazia notícias e mostrava programas sem parar parecia algo de
outro planeta e, afinal, quem poderia duvidar de qualquer coisa que aquele
maravilhoso aparelho “dissesse”?
Entretanto,
como a magia das coisas não demora a acabar cada vez mais vemos a pessoas
criticando e até mesmo “demonizando” a TV como se ela fosse a razão de todos os
males do mundo. Uma máquina controladora, uma sugadora de cérebros. Mas,
até onde isso é verdade?
Pierre Bourdieu diz que a
televisão, em busca de audiência, expõe a um grande perigo não só as diferentes
esferas de produção cultural como também a política e a democracia, e espera
que aquilo “que poderia ter se tornado um extraordinário instrumento de
democracia direta não se converta em instrumento de opressão simbólica. Mas
esse seria um problema que nasceu com as TVs?
A opinião pública sempre dominou o
jornalismo e mesmo antes dos aparelhos televisivos, jornais, tanto impressos
quanto em rádio, buscavam discursos que conversavam com seu público alvo e
chamadas que fossem chamativas e lhes arrecadasse mais leitores/ouvintes.
De fato, a maneira como jornais e programas
se moldam aos seus públicos pode e deve ser criticada, mas na verdade, pode-se
dizer público influencia mais na TV e meios de comunicação, do que eles
influenciam o público. Entretanto, esse não é um problema exclusivo da
televisão. Ao demonizá-la, estamos criticando um meio de comunicação em massa com
alcance imenso. Seria mais plausível uma crítica aos novos caminhos que o
jornalismo, como um todo, vem tomando.
Texto: Maianna Medeiros
Matrícula: 99188
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