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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Outro conto medieval sobre alzheimer

Todos apontavam para aquela direção e gritavam que de lá viria as tropas do Rei do império diagonal do norte. O clima era de tensão, euforia, loucura e, principalmente, pânico. Os sinos tocavam loucamente enquanto algumas pessoas fugiam para a colina, com uma gritaria imensa e suas coisas mais importantes sob suas costas. Mas para aquele adulto que ouvia, sentia e pensava sobre tudo o que estava por vir, nada importava. Sabia que teria que ir em frente àquelas tropas para salvar sua amada. Ela, estava sozinha em casa e, provavelmente, em apuros com as chamas que queimavam o vilarejo que morava.
E não deu outra, agindo pela sua moral e por seus sentimentos, foi atrás de salvar sua amada. Correu, correu e correu, mas ainda havia tempo, apesar de que as tropas estavam perto. Porém, o tempo que ele levou para entrar na casa da sua amada, foi suficiente para começar a invasão da cidade. Quando chegou lá, viu a casa totalmente abandonada e, a cadeira onde ela ficava, estava empoeirada e podre. Não entendia o que estava acontecendo, até que um soldado adentrou a casa e o pegou de costas enquanto olhava para a cadeira, cravando a espada bem no centro de seu tronco. O último suspiro daquele homem, que esquecera por conta do alzheimer que sua amada já havia partido há anos, era ensurdecedor. Pobre coitado, influenciado pelas emoções, deixou de lado o objetivismo para se juntar a sua amada.

Luiz Gustavo Barbosa
99203

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