Marina Joyce durante o vídeo que gerou todas as teorias |
Através
da linha do tempo, observamos que houve a criação de símbolos para representar
a realidade, não se sabe, de fato, o que é, mas como aquilo foi representado.
Isso possibilita uma confusão da imagem quanto a realidade, chamada de idolatria.
Eis que então surge a escrita, uma forma melhor de se representar o mundo, que surge com boas intenções, mas que acaba por afastar o ser
humano. Essa crença é o que podemos observar atualmente com práticas como o Fotojornalismo, no qual
uma notícia tem muito mais credibilidade quando registrada por imagens, assim vemos também nas questões de
crimes envolvendo câmeras de segurança, já que, ainda que exista a possibilidade
da edição de imagens, existe uma forte crença de que a câmera não pode ‘’mentir’’
ou manipular um fato.
Em 26
de julho de 2016, a internet conheceu o caso da youtuber Marina Joyce. Tudo começou quando Marina postou um vídeo com algumas amigas indicando roupas para
usar em um encontro e um fã percebeu coisas estranhas durante o vídeo, como alguns hematomas no corpo
da garota e
um suposto sussurro pedindo ajuda. Esse mesmo fã resolveu analisar outros vídeos do canal de Marina e enumerou diversos sinais que
indicavam que a garota pudesse estar correndo perigo, como um olhar aparentando
receio ao olhar para trás da câmera e sustos repentinos com pequenos barulhos,
como a chegada de um carro.
Foi o necessário para
que se chegasse a conclusão de que algo não estava bem, que Marina estava sobre o efeito de drogas ou sendo mantida em cárcere privado pelo namorado, e que precisava de ajuda. Depois de um artigo ser escrito abordando essa hipótese, o boato se espalhou pelo Twitter e os usuários embarcaram em uma análise profunda dos vídeos e de pequenos elementos no canal e redes sociais da
youtuber, que aparentemente pedia ajuda de forma não clara. A hashtag ’'#savemarinajoyce’’ ficou repleta de teorias e compartilhamento de coisas consideradas ’'estranhas'' e das mais diversas teorias. Ainda que Marina afirmasse que estava bem, que tudo estava normal, os usuários não acreditavam em suas palavras, porque o que a imagens simbolicamente dizia,
era mais forte e relevante do que as palavras da suposta vítima. Apesar de atualmente Marina estar ativamente produzindo conteúdo para seu canal,ter afirmado que tudo não passara de um mal-entendido, para muita gente as diversas teorias criadas ainda fazem sentido e são consideradas reais, mesmo que a youtuber negue.
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