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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Marina Joyce: quandos os olhos não condizem com as palavras


Marina Joyce durante o vídeo que gerou todas as teorias
filosofia da caixa preta é uma teoria filosófica defendida por Flusser, no qual busca explicar a fotografia, apesar de não se limitar a ela para discorrer sobre as relações fundamentais entre humanos e aparelhos na Pós-História assim como a invenção da escrita inaugura a História. A caixa preta não pode ser acessada por conter informações que estão além da compreensão humana. Um exemplo disso são atores e atrizes que recebem demonstrações de ódio por parte do público depois de interpretar vilões em algum tipo de narrativa de mídias em gerais, principalmente televisão.
Através da linha do tempo, observamos que houve a criação de símbolos para representar a realidade, não se sabe, de fato, o que é, mas como aquilo foi representado. Isso possibilita uma confusão da imagem quanto a realidade, chamada de idolatria.
Eis que então surge a escritauma forma melhor de se representar o mundo, que surge com boas intenções, mas que acaba por afastar o ser humano. Essa crença é o que podemos observar atualmente com práticas como o Fotojornalismo, no qual uma notícia tem muito mais credibilidade quando registrada por imagensassim vemos também nas questões de crimes envolvendo câmeras de segurança, já que, ainda que exista a possibilidade da edição de imagens, existe uma forte crença de que a câmera não pode ‘’mentir’’ ou manipular um fato.
Em 26 de julho de 2016, a internet conheceu o caso da youtuber Marina Joyce. Tudo começou quando Marina postou um vídeo com algumas amigas indicando roupas para usar em um encontro e um  percebeu coisas estranhas durante o vídeocomo alguns hematomas no corpo da garota e
um suposto sussurro pedindo ajuda. Esse mesmo  resolveu analisar outros vídeos do canal de Marina e enumerou diversos sinais que indicavam que a garota pudesse estar correndo perigo, como um olhar aparentando receio ao olhar para trás da câmera e sustos repentinos com pequenos barulhos, como a chegada de um carro.

Foi o necessário para que se chegasse a conclusão de que algo não estava bem, que Marina estava sobre o efeito de drogas ou sendo mantida em cárcere privado pelo namorado, e que precisava de ajudaDepois de um artigo ser escrito abordando essa hipótese, o boato se espalhou pelo Twitter e os usuários embarcaram em uma análise profunda dos vídeos e de pequenos elementos no canal e redes sociais da youtuber, que aparentemente pedia ajuda de forma não clara. A hashtag ’'#savemarinajoyce’’ ficou repleta de teorias e compartilhamento de coisas consideradas ’'estranhas'' e das mais diversas teoriasAinda que Marina afirmasse que estava bem, que tudo estava normal, os usuários não acreditavam em suas palavrasporque o que a imagens simbolicamente dizia, era mais forte e relevante do que as palavras da suposta vítimaApesar de atualmente Marina estar ativamente produzindo conteúdo para seu canal,ter afirmado que tudo não passara de um mal-entendido, para muita gente as diversas teorias criadas ainda fazem sentido e são consideradas reaismesmo que a youtuber negue. 


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