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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Diga X!

Flusser não se limita à fotografia mas recorre a ela para explicar relações fundamentais entre humanos e entre humanos e aparelhos. Ele parte da hipótese segundo a qual a invenção das imagens técnicas inaugurou um novo modo de ser assim como a invenção da escrita inaugura a História.

"(...) seria possível observar duas revoluções fundamentais na estrutura da cultura, tal como se apresenta, de sua origem até hoje. A primeira ocorreu aproximadamente em meados do segundo milênio a.C., pode ser captada sob o rótulo "invenção da escrita linear" e inaugura a História propriamente dita; a segunda, que ocorre atualmente, pode ser captada sob o rótulo "invenção das imagens técnicas" e inaugura um modo de ser ainda dificilmente definível".

Flusser determina o nosso mundo e vivências como um aparelho, que é apenas uma extensão de nós mesmos. A câmera é uma extensão da nossa visão, é o patriarca de todos os aparelhos, o protótipo mais simples, pois quando tiramos uma foto, por exemplo, captamos o momento transformado em imagem.



Estamos atualmente no apogeu do acesso às câmeras, e quanto mais temos acesso, menos ligamos pra esse ato de registrar memórias. Para Flusser, essas imagens te passam sensações, já que pensamos ter enxergado em uma terceira dimensão quando na verdade só passa de um objeto, uma ilusão.

Flusser, Vilém (1985). Filosofia da caixa preta - Ensaios para uma futura filosofia da fotografia.

Aline Fonseca
99187



    1. Ir p

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