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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

"O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe" - Rousseau e a Opinião Pública

Foto: ALAMY
Por: Guilherme de Carvalho Alves
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Atualmente, fica claro através de estudos mais recentes da sociologia e filosofia que o homem não nasce bom, e nem mal, ele apenas nasce e a sociedade o molda no decorrer da sua vida. Entretanto, voltando um pouco no tempo, em meados de 1730, quando Jean Jacques Rousseau afirmou, em defesa do seu contrato social, que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, indiretamente ele possuía certa razão.

A Filosofia Contemporânea, que deixa para trás pensamentos individualistas, afirma que a sociedade é anterior ao sujeito, ou seja, a coletividade deve sempre superar a individualidade para um bem coletivo, e que a opinião pública é a moldadora das opiniões individuais.

Diante disso, e partindo do pressuposto afirmado por Bakhtin, de que as ideologias formam as ideias, e estas por sua vez moldam as ações, é possível afirmar que um ladrão ou um sequestrador tiveram suas ideias e opiniões, que as levaram a executar suas ações, moldadas por um opinião pública referente ao ciclo social em que vivem.

Ou seja, mesmo que atemporal, a afirmação de Rousseau, feita quase três séculos atrás tem certa parcialidade de razão. Afinal, podemos afirmar que os autores de ações errôneas ou até mesmo criminais não nasceram com tais predisposições, e sim, a sociedade os corromperam através de uma opinião pública.


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