Não é novidade para ninguém que as eleições para presidência brasileira de 2018 foi pautada numa opinião pública baseada, em grande quantidade, em notícias falsas e caluniosas (as fake news). Notícias que não haviam o menor compromisso com a realidade e completamente fantasiosas foram usadas para moldar um sentimento de revolta contra os governos anteriores e, assim, implantar uma ideologia alinhada à parcela extrema direitista da população brasileira, pensamento que sempre foi rebatido pela grande massa do povo brasileiro, que vive uma realidade distinta à dos que iriam se beneficiar desse governo.
Notícias como a de que o candidato do PT, Fernando Haddad, defendia o incesto em um livro e que tinha um projeto que almejava tornar a pedofilia legal no âmbito jurídico provam o grande absurdo que era propagado como verdade nas redes sociais, o que acabou se tornando um dos causadores da impopularidade da esquerda em partes do Brasil que, historicamente, nunca se alinharam ao discurso de Jair Bolsonaro.
A opinião pública é a participação popular na execução e criação de críticas à sociedade e a mídia acaba moldando, baseado em um padrão étnico-moral do receptor, que acaba repassando a mensagem de acordo com seus pareceres morais. O agrupamento dessas mensagens repassadas são o senso comum, a opinião geral da sociedade de certo e errado.
A disseminação das fake news é uma prática antiga, mas nunca em uma proporção tão grande, como foi o caso das eleições americanas e brasileiras de 2018. A opinião pública acabou sendo amplamente influenciada por fake news e, o que antes era indefensável para uma grande quantidade de pessoas, passou a ser interpretado por uma comparação com falsos acontecimentos na sociedade.
Pedro Henrique 99185
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