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terça-feira, 20 de agosto de 2019

A identificação psíquica que nos une

A estudante Sara Onori é a mãe do pequeno Arthur de apenas 2 anos, que a pouco mais de três meses, através de uma consulta ao neurologista, foi diagnosticado com autismo.

Como se já não bastasse as dificuldades de aprender a lidar com a condição do filho, Sara teve de passar, no começo desse mês, por uma situação muito desagradável. Ela participava de um grupo com outras mães e em certo momento acabou percebendo que elas comentavam sobre uma festa, ao perguntar sobre a tal, Onori recebeu uma resposta dizendo que ela e seu filho não seriam convidados, pois o garoto era “problemático”.

A mãe postou nas redes sociais o print das mensagens com um desabafo na legenda e a repercussão foi incrível, recebendo cerca de 5 mil comentários e milhares de compartilhamentos, e toda a história acabou resultando em algo bom, afinal. Outro grupo de mães do Whatsapp, sensibilizadas com a história, resolveram presentear Arthur e Sara com uma festa surpresa. Era uma prova de apoio.

Apesar de ainda estar chateada, ao ver o filho se divertir tanto na festa e receber tanto carinho, Onori admite que “foi ótimo”. Ela também diz que foram muito bem acolhidos e que ela e Arthur agora tem muitos novos amigos e convites de festas, inclusive de fora do país.

Mas o que faz mães que nunca ouviram falar de Sara se sensibilizarem tanto ao ponto de tirarem de seu tempo e dinheiro para criar uma festa sem o intuito de ganhar nada com isso?

Hegel foi um filósofo alemão que busca explicar isso. Ele defendeu a retratação da eticidade como “moralidade objetiva” ou “vida ética”. O filósofo dizia que essa teoria era divida em 3 níveis: amor, direito e solidariedade e que o ser humano não é apenas um indivíduo na sociedade, mas que ele é a própria sociedade.

Assim sendo, Hegel afirma que há, entre nós, uma identificação com certo grupo social, um inconsciente coletivo e seria isso, então, o que aconteceu entre as realizadoras da festa. Ao ver outra mãe sendo atacada, surge um sentimento de empatia, uma identificação psíquica. 

Isso pode ser facilmente percebido também em outros casos quando, por exemplo, um lgbt é atacado ou um negro é insultado. Nunca é ferido apenas um indivíduo do grupo social, é ferido todo o grupo.

Fontes da notícia:

Texto por: Maianna Medeiros
Matrícula: 99188

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