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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Clickbait e a contradição da opinião pública


  
   Atualmente, existem no Youtube aproximadamente 200 milhões de canais ativos. Diante da corrida por views, é preciso criar estratégias para prender a atenção do público e fidelizá-lo. Mas até quando isso é saudável, tanto para criadores, quanto para os consumidores de conteúdo?
   A última tendência do YouTube são os clickbaits (caça-cliques), que se dão através de capas chamativas que, na maioria das vezes, retratam com sensacionalismo o conteúdo do vídeo. As famosas trollagens também têm ganhado cada vez mais espaço. O problema é que elas estão cada vez mais apelativas e perturbadoras. 



    O curioso é que todos os vídeos que seguem essa linha têm milhares ou até milhões de visualizações. Porque um conteúdo que foge totalmente aos debates sobre saúde mental ainda é tão enaltecido com curtidas e visualizações? 
    De acordo com a Teoria da Agenda Setting, é a opinião pública quem dita o que aparece na mídia. Portanto, no contexto discutido acima, ela entra em contradição. Isso porque ao mesmo tempo que a opinião pública coloca constantemente em voga discussões sobre danos à saúde mental dos indivíduos, é ela quem elege o que vigora nessa plataforma. 
    E diante dos números vistos acima, não há um combate verdadeiro por parte do público, e nem mesmo por parte da plataforma do YouTube à continuidade dessas produções. Pelo contrário, os milhões de views, curtidas e comentários só apresentam aos criadores um feedback positivo e altamente rentável, podendo à longo prazo gerar distúrbios nos inscritos e nos próprios criadores.

Fernanda Trindade Fonseca
99186

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