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terça-feira, 20 de agosto de 2019

A luta pelo sufrágio como modo de reconhecimento


As sufragistas (título original "Suffragette") é um longa metragem lançado no ano de 2015, que representa o que foi o importante movimento de mulheres britânicas buscando o sufrágio.


O filme retrata a realidade da sociedade no início do século XX, onde as mulheres eram vistas e tratadas como dependentes e submissas aos homens. Maud Watts é uma dessas mulheres. Casada e mãe de um menino, trabalha em uma lavanderia onde presencia diariamente outras mulheres, quando não a si mesma, sendo assediadas e humilhadas. Quando surge a WSPU (União Social e Política das Mulheres), movimento que traz ações mais radicais em busca de chamar atenção para a luta das mulheres, Maud é convidada a fazer parte do mesmo por uma conhecida do trabalho: Violet Miller.

Em um primeiro momento, Maud não se mostra interessada, mas percebendo dia após dia o abuso e injustiça sofrido pelas mulheres, vê crescendo dentro de si a vontade de lutar pela causa e acaba se juntando ao grupo. A trajetória de Maud se torna mais dura, sendo constantemente pressionada pela polícia e pelo marido a voltar as condições de uma mulher submissa e satisfeita; acaba presa por alguns dias, perde o casamento, sua casa e o direito de ver o filho, mas uma vez na luta por seus direitos, nada a faz voltar atrás.
Como o indivíduo, até seu momento de clareza, Maud tinha seus pensamentos ditados por um histórico-cultural, onde, como mulher, entendia-se como de sua natureza ser inferior e dependente do sexo considerado mais "forte". Ao se juntar a WSPU, se vê identificada como parte de um grupo oprimido, e passa a ter suas ações condicionadas por uma natureza histórico-emocional. Se encaixa então no conceito de eticidade, onde a aceitação em um grupo a auxilia a se reconhecer, a perceber seus direitos e e consequentemente exigi-los. A caráter do que passa a ver como certo, Maud não hesita em abrir mão de tudo que tinha para buscar sua liberdade e defender o coletivo do qual agora faz parte: as feministas.


Ana Caroline De Souza, 99211

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