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domingo, 27 de outubro de 2019

Superestrutura e a dominação do corpo de uma mulher

A superestrutura é fruto de estratégias dos grupos dominantes para a consolidação e perpetuação de seu domínio. Trata-se da estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica (Estado, Religião, Artes, meios de comunicação, etc.)


Segundo (MARX,1993) para essa consolidação e perpetuação da dominação das classes dominantes estes utilizam de estratégias que demandam ora uso da força, ora da ideologia. Um exemplo disso é o aborto, não há índices de que o aborto já foi citado na bíblia, mas mesmo assim, muitos padres buscam alimentar seus fieis e  diz que "vida humana deve ser respeitada e protegida de modo absoluto a partir do momento da concepção". Sendo assim, opõe-se determinadamente contra o uso de métodos contraceptivos e a prática do aborto. Essa forma de dominação da Igreja Católica acima de questões de saúde pública, levou mundialmente as pessoas crucificarem quem pensa ao contrário e a argumentos mais radicais. 

Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S. Paulo" nesta quinta-feira (10) aponta que 41% dos brasileiros são contrários a qualquer tipo de aborto e que a prática deveria ser totalmente proibida. Mesmo em casos de estupro e deficiência genética do feto. ( Fonte: G1)

Dessa forma, muitas mulheres que não possuem muito acesso a informação,ou tem um atendimento precário e até mesmo sofre violência sexual em casa, recorrem a clinicas clandestinas pois nao possuem condições emocionais nem financeiras para manter mais um filho em sua família, e muita das vezes acabam morrendo pela incapacidade profissional da pessoa que está realizando o procedimento.

Outra forma de dominação da Igreja Católica, é chamado de  "objeção de consciência". O termo é usado quando profissionais alegam questões morais ou religiosas para não trabalhar em um abortamento ou em procedimentos que envolvam métodos contraceptivos, por exemplo.

A população mundial, na minha opinião, deveria refletir que ninguém aborta porque simplesmente está com vontade, mas sim pela incapacidade emocional - ou financeira- de carregar um filho que não deseja. É um ato muito mais empático do que ter esse filho e rejeitá-lo tardiamente, deixando nas ruas ou em orfanatos superlotados. Aborto deveria ser olhado como uma questão de saúde pública, pois todos os dias mulheres pobres estão morrendo em clínicas clandestinas.

Aline Fonseca, 99187

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