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sábado, 26 de outubro de 2019

A desmoralização da TV




É inegável a influência que a televisão tem em nosso cotidiano, nossas decisões e estilos de vida. Porém, um outro lado é a indústria capitalista que lucra largamente com a audiência de certos programas televisivos.
Na lógica capitalista para com a televisão é muito mais rentável transmissões de entretenimento, sejam fofocas de famosos, reality shows e outras atrações superficiais. Tais programas atraem o público por causa de sua linguagem de fácil compreensão e de pouco esforço mental, são conteúdos ditos prontos para consumo do público. Um exemplo claro é o Big Brother Brasil (BBB), a edição de 2018  que consagrou a acreana Gleici como campeã, teve a maior audiência do reality em sete anos, desde a final de 2011. Em São Paulo, a Globo registrou 33 pontos de audiência no Ibope (1 ponto de audiência equivale a 71.855 domicílios).
Embora, tais atrações geram lucro, uma vez que a audiência é grande. Em seu livro, "Sobre Televisão", Pierre Bourdieu, discorre alguns problemas disso. Alguns deles, é o que a mídia faz ao baixar o direito de entrada em certos campos (filosófico, político, jurídico) uma vez que pequenos produtores culturais pouco tem interesse comercial imediato e assim tem chance reduzida de divulgação de seus trabalhos. Alguns exemplos são programas educacionais e informativos, salvo horário nobre.
Presencia-se portanto, uma desmoralização da TV relativo aos conteúdos, à qualidade dos programas e da própria audiência do público. Esses problemas abrem brechas também para o que chamamos de assunto-ônibus - informações homogeneizadas e sem aspereza. Isso fica claro, por exemplo, no campo jornalístico, com o qual muitos programas de notícias sensacionalistas deslegitimam o jornalismo sério e de qualidade, com apuração correta dos fatos. Outro ponto negativo que ocorre e é bem comum na atualidade é sobre a notoriedade pública. Muitos jornalistas e apresentadores exercem tamanha admiração nos telespectadores que os cegam perante certas coisas. Isso porque, o jornalista tem formação adequada para transmitir a informação de forma mais coerente possível ao público, porém não tem conhecimento amplo e profundo de áreas tão distintas. Contudo, é frequente a credibilidade dada à pessoas que não possuem tanto especialidade em certas áreas assim e isso faz com que se desmereça outros profissionais que são especialistas em devidos campos.

Nome: Alice Ruschel Mochko
Matrícula: 99178

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