O método de Sherlock Holmes envolve, em certa medida, a clássica definição do
método científico: (1) Problema (a existência de um crime); (2) Indução (a apreciação dos
indícios na cena do crime); (3) Hipótese (a elaboração de conjecturas, palpites ou soluções provisórias para o problema); (4) Teste (a verificação desses palpites a partir de evidências
colhidas para esse propósito); e, finalmente, (5) Teoria (a formulação de uma explicação
geral para o problema).
O que Sherlock Holmes faz é, basicamente, aplicar um procedimento pelo qual ele
tenta avaliar as suas respostas iniciais ou as suas primeiras soluções para o problema. Ou
seja, se utilizando de critérios empíricos (simplicidade, coerência, precisão, analogia)
avalia quais das soluções possíveis têm mais possibilidade de sucesso.
Esse foco no método de investigação criminal presente nos romances de Sherlock
Holmes é, provavelmente, uma das razões que notabilizaram a personagem que, ainda
hoje, exerce grande fascínio. Baseando-se sempre nos indícios presentes na cena do crime
e, também, em entrevistas com as vítimas envolvidas, Holmes é capaz de formular
hipóteses que, posteriormente, são colocadas à prova pelo confronto com os fatos
observados na investigação. Esse procedimento permite a personagem resolver os crimes
investigados.
Analisando as obras de Conan Doyle podemos observar, de certo modo, o desenvolvimento do falsificacionismo a partir das atitudes de Holmes, principalmente quando Karl Popper cita "ao contrario de quanto mais se consegue comprová-la, uma teoria se torna lei quando se não consegue mais negá-la".
Laísa Rodrigues de Menezes - 99197
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