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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Karl Popper e a Teoria do Falsificacionismo

A Teoria do Falsificacionismo é criada pelo filósofo Karl Popper  e por meio desta, Popper nega a indução, propondo que primeiro os cientistas criam teorias e depois fazem suas observações/testes. Após estes testes experimentais, se as teorias puderem ser refutadas os cientistas devem buscar outras, se não os cientistas podem mantê-las. Sendo assim, os testes não pretendem demonstrar a verificabilidade de uma teoria, mas sim sua falseabilidade.
Uma teoria não falsificável, ou seja, que não admite o teste de falsificabilidade, para Popper não é científica. Mas não é só Popper que compartilha desse pensamento, também o físico e matemático Jorge Buescu, em seu livro “O Mistério do Bilhete de Identidade e Outras Histórias” falou sobre a astrologia, que por não ser falsificável é uma pseudociência. Leia abaixo um trecho de suas crônicas sobre o assunto:

“Como exemplo de uma teoria não científica podemos tomar a astrologia. É claro que se trata de uma teoria não falsificável. As previsões astrológicas são suficientemente vagas para nunca admitirem um teste de falsificabilidade (‘este ano tenha atenção à sua saúde’ ou ‘em Março morrerá uma figura mundialmente conhecida’, em vez de ‘a 15 de Abril vai partir uma perna’ ou ‘o papa vai morrer entre 10 e 17 de Março’). No caso (altamente improvável) de alguma vez algum astrólogo emitir uma previsão falsificável não verificada, ouve-se um coro de explicações ad hoc (…). As mais comuns são observações como ‘a astrologia funciona nalguns casos’. Em que casos não funciona? Ninguém sabe. Em que casos funciona? Ninguém sabe. O que os distingue (…)? Ninguém sabe. Assim, a astrologia está legitimada, quer acerte quer falhe as previsões. Ou seja, não é falsificável. Portanto, não é científica. É uma pseudociência.”
Referência: Jorge Buescu, O Mistério do Bilhete de Identidade e Outras Histórias, 9ª edição, Gradiva, Lisboa, 2004, pág. 13.

            Portanto, é válido afirmar que para Popper, para uma teoria ser considerada científica ela deve admitir dúvidas e questionamentos, do contrário ela é uma pseudociência que, sem refutações e correções, não pode avançar. 




Autora: Laura Fernandes de Souza. 
Matrícula: 99190. 


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