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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

A autonomia no suicídio

Ana Luisa Horstt Prado - 99196
Como eu era antes de você é um filme baseado no livro de Jojo Moyes, se trata de uma mulher que vive uma vida simples e fica desempregada após o café que trabalhava fechar. Com pouca experiência e muita necessidade financeira, Lou consegue um emprego de cuidadora de um tetraplégico, Will, que é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas após um acidente de moto. 
Will que antes era extrovertido e amava praticar esportes, se tornou um homem amargurado que desconta seu sofrimento nas pessoas ao redor e pretende dar um fim a ele através do suicídio assistido, que costuma ser realizado por pessoas que dependem 24 horas de outra ou que estejam sofrendo dores consideradas insuportáveis. As regras são diferentes em cada país em que a prática é permitida, mas em todos eles, é necessário que o paciente esteja completamente consciente pois é ele quem toma essa decisão.
Ao longo do filme, Lou descobre das intenções de Will e tenta fazer de tudo para que ele desista da sua decisão de tirar a própria vida, no final, descobrimos que mesmo estando apaixonados ele não desiste da sua vontade e opta por dar fim a sua dor.
Marina é tetraplégica e membro da Dignitas (é uma organização sem interesse comercial fundada em 1998 na Suíça com o objetivo de garantir uma vida e morte dignas para seus membros e permitir que outras pessoas partilhem desses valores. Por meio dos serviços prestados, a organização auxilia seus membros nas questões de fim de vida como conflitos com autoridades, questões legais, garantia de cumprimento das disposições do testamento vital e, inclusive, realização de suicídio assistido). Foi a quinta brasileira a se associar. Sem ter movimentos abaixo dos ombros, ela é dependente de cuidadores durante 24 horas. Um dia ela pretende viajar até a Suiça para realizar o procedimento. Ela e outras pessoas que são a favor da liberação da morte assistida acreditam que cada pessoa tem o direito de decidir o destino de seu próprio corpo e pode querer acabar com a dor. “Apesar de tudo, vivo bem, sou super saudável e faço o que tenho vontade. Eu sempre acreditei que tenho livre arbítrio sobre minha vida. Não peço que ninguém aceite, apenas que respeite”, afirma Marina.
A autonomia garante ao indivíduo poder de escolha sobre sua vida a partir do momento em que o mesmo tem plena ciência de suas decisões e suas respectivas consequências. Um dos grandes obstáculos da autonomia são assuntos polêmicos que a compreendem como no caso de Will e Marina. O indivíduo tem poder de escolha quando se trata da existência de sua vida?

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