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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Falsificacionismo e a evolução das teorias científicas




O Falsificacionismo é uma teoria defendida Karl Popper, que basicamente diz que um conhecimento científico não vem da experiência, mas da possibilidade dessa teoria científica ser contrariada; quanto mais uma teoria for falseada, melhor, pois assim essa será aperfeiçoada. Busca-se uma hipótese científica e a partir de testes é possível checar e então  valida-la ou não. Sendo assim, a práxis do cientista consiste na busca por recolher grande número de elementos para falsificar uma teoria anterior. Para Popper, o erro das teorias condensa uma evolução dessas; quando uma teoria se firma e resiste aos erros, dando condições para ser refutada, mais ela se torna uma teoria confiável.
A série de ficção científica, Altered Carbon, criada por Laeta Kalogridis baseada no livro de Richard K. Morgan, retrata uma San Francisco 366 anos no futuro, onde as memórias de uma pessoa se localizam em um dispositivo que é implantado na parte de trás do pescoço. O armazenamento dessas memórias permite que os corpos físicos sejam apenas uma espécie de ‘’capa’’, já que a morte não existe mais, a não ser que a pessoa não deseje que seu dispositivo seja reimplantado em um novo corpo, e assim este será destruído.
No contexto dessa realidade, vê-se um grupo de pessoas que defendem a ‘’volta’’ da mortalidade, principalmente de religiosos, como se a evolução da tecnologia tivesse retirado o poder de quaisquer que fossem seus deuses, de decidir quando seria o fim de cada ser. Pensando nesse meio pelo método de avaliação que Popper sugere, essa teoria dos ‘’militantes’’, vinda de um dogma, não tem como ser testada, então perdem quaisquer créditos. Mas se analisarmos pelo cenário total da série, observaremos então que aquela realidade é uma teoria que nasce a partir do imaginário atual, e que, no futuro, talvez venha a ser testada.
Para o falsificacionismo uma hipótese científica tem de surgir primeiro para somente depois ser submetida a testes e para o processo de pesquisa há três grandes partes: especificar o conflito que precisa ser resolvido, comprová-lo experimentalmente e provar que essa teoria é científica a partir da ideia de que existe a possibilidade de ser falsa.

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