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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

“Lúcifer”, uma analogia da dedução e indução de Popper

Chloe, a detetive, tomando notas para observação do caso antes de optar por uma conclusão


Lúcifer é uma série de televisão americana, estreada em 2016 e emitida pela Netflix. A série conta a história do Senhor do Inferno, Lúcifer, que resolve tirar férias de seu cargo e ir para Los Angeles. No decorrer da trama, o homem se vê trabalhando com uma detetive, e a ajuda em casos de assassinato, procurando descobrir quem são as pessoas responsáveis por eles.

A comparação da série do século XXI e o filósofo Popper, nascido em 1902, baseia-se no indutivismo e dedutivismo. Da mesma forma em que Karl Popper propunha que a ciência não é indutiva, ou seja, os cientistas não vão da observação para teoria geral, em alguns episódios de Lúcifer isso fica bastante evidente, quando, por exemplo, Lúcifer supõe certos resultados para o que ocasionou o assassinato, e somente após isso, segue uma versão de testes para comprovar que aquilo seria verdadeiro, através de observações tardias e experimentos recorrentes.

No entanto, em outros episódios da série, Lúcifer contraria totalmente o método indutivo defendido por Popper, quando, por exemplo, toda a cena do crime sofre observações antes de formar uma teoria geral, isso acontece principalmente quando a detetive Chloe se submete a observar os fatos antes de fazer uma suposição, o que é o contrário de Lúcifer, que se caracteriza como um homem imediato e apressado.

Em conclusão, ainda com o método indutivo de Lúcifer e Popper, origina o falsificacionismo, visto que ao cometer erro em suas suposições, Lúcifer é obrigado a traçar outra hipótese para o caso de assassinato, provando que a ciência é refutável, assim como o filósofo Popper propunha, e que seria necessária uma reformulação completa para que ela se tornasse verdadeira, e logo, pudesse ser refutada novamente a qualquer momento.


Isabelle de Oliveira
Matrícula: 99200

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