O paradigma Marxista analisa a estrutura socioeconômica, as
relações de classe e conflito. Marx acreditava na revolução por parte da classe
trabalhadora porque buscava entender a sociedade para então entender a ideia,
observando essa sociedade a partir de uma estrutura e suas organizações, onde,
no capitalismo por exemplo, uma classe precisava ser explorada para que outra
obtivesse lucro. E isso continua acontecendo atualmente por muitos lugares no
mundo, apesar de Marx ter acreditado que essa mudança seria inevitável.
É nesse que ponto que entra a ideia de superestrutura e
infraestrutura. A primeira, trata-se dos meios de produção e as relações de
produção, no capitalismo, por exemplo, o modo como se administra a mais valia,
o lucro. Já a infraestrutura, podemos enxergar como um reflexo da
superestrutura, já que essa se trata da ideologia dessa sociedade, a filosofia,
arte, cultura, religião, família, leis etc.
A superestrutura reproduz para justificar a infraestrutura,
e por isso é tão difícil ocorrer uma mudança na sociedade; como os burgueses
controlam a infraestrutura, consequentemente suas ideologias são aquelas que
predominam, já que o poder daqueles responsáveis pela produção de bens
simbólicos está diretamente ligado as ideias disseminadas no social.
Seguindo essa linha de raciocínio, podemos
entender a ideia de Thompson ao acreditar que a ideologia é um sistema de
dominação e manutenção de relações assimétricas do poder. Um exemplo disso são
as famílias donas das grandes redes de televisão no Brasil, uma parcela
minúscula da população que mantém em suas mãos o poder de colocar em evidência
os fatos que acharem propícios, controlando aquilo que se é ou não divulgado,
de acordo com seus próprios interesses. É uma forma clara de controle da comunicação
em massa através da televisão e ao mesmo tempo se é passado de forma
‘’discreta’’ um discurso que sustenta essas relações desiguais.Ana Caroline De Souza, 99211
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